Veículo foi confundido com disco voador ao passar pelo Alasca.
O engenheiro brasileiro Marcelo da Luz chegou nesta sexta-feira (15) a Key West, na Flórida, pilotando o seu veículo movido a energia solar. O projeto de Da Luz, batizado de XOF1, foi desenvolvido por ele em Toronto, no Canadá, com a ajuda de engenheiros brasileiros e canadenses, e está percorrendo a América do Norte para divulgar o trabalho com energias alternativas. O objetivo dele é estabelecer um recorde mundial de distância. Até agora foram percorridos mais de 26 mil km com o carro solar.
No dia 12 de junho do ano passado, o brasileiro deu início a uma viagem pela América do Norte. Primeiro fez uma apresentação na universidade Seneca, que ajudou na concepção do carro solar. Seguiu para o Canadá e chegou até o extremo norte do país. Logo nos primeiros dias ele foi parado para a polícia canadense. Diziam que ele não poderia andar com um veículo estranho daqueles pelas estradas. Da Luz respondeu que estava protegido pelo Tratado de Genebra de 1949. Após os políciais confirmarem a informação com Washington, o brasileiro e seu veículo foram liberados.
A viagem seguiu até o Alasca, onde o XOF1 foi confundido com um disco voador.
Marcelo atravessou novamente o território canadense pela costa oeste e entrou nos Estados Unidos, passando pela Califórnia, Texas e seguindo em direção à Costa Leste. Nesta sexta-feira, chegou a uma ponta da Flórida, de frente para o Oceano Atlântico.
"A única coisa entre você e seus sonhos é você mesmo", escreve Marcelo da Luz no site oficial do XOF1.
Como é o carro
O XOF1 leva apenas uma pessoa e pesa 300 kg (incluindo o peso do motorista). Tem cinco metros de comprimento, 1,8 metro de largura e 90 centímetros de altura. Tem três rodas, duas na dianteira e uma na parte traseira. Placas instaladas na carroceria com fotocélulas captam a energia solar e a transmitem para uma bateria do motor em forma de energia elétrica. O motor capaz de fazer o veículo acelerar a 120 km/h.
Em tempo: o nome XOF1, de acordo com o brasileiro, representa as iniciais da frase 'The power of one' (ou seja, 'o poder de um'). "Este nome reflete a idéia do efeito dominó, onde uma peça pode não mudar o mundo, mas insipirar as outras a ajudar a fazer as coisas acontecerem", escreve Da Luz em seu site.
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