Credores tem até sábado para responder sobre nova proposta.
Montadora pode ainda recorrer à lei de proteção à falência dos EUA.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, provavelmente fará um pronunciamento sobre a General Motors na próxima segunda-feira (1º), informou nesta quinta-feira (28) a Casa Branca. O porta-voz do governo, Robert Gibbs, disse que o presidente dos EUA vai discutir sobre a montadora presumivelmente na segunda, mas se recusou a dizer se Obama vai anunciar que a GM pedirá concordata.
A Casa Branca não vai tomar qualquer decisão final sobre se vai forçar a GM a fazer o pedido até as 18 horas de sábado (30), prazo final para que os detentores de bônus da companhia aceitem a nova oferta de troca de dívida. Uma série de oficiais do gabinete e do governo dos EUA vão viajar para o Meio Oeste do país nos dias seguintes ao pronunciamento de Obama para conversar sobre os esforços para recuperação do setor automotivo com comunidades e trabalhadores afetados.
De acordo com a Casa Branca, 12 oficiais, incluindo o secretário de Transportes, Ray LaHood, e o secretário de Energia, Steven Chu, farão apresentações nos Estados de Ohio, Michigan, Indiana e Wisconsin entre os dias 2 e 5 de junho. "A cada evento, eles vão discutir meios imediatos pelos quais o governo federal está reduzindo a burocracia para levar alívio para as comunidades ligadas ao setor automotivo e alcançar uma revitalização econômica de longo prazo para nossas comunidades que dependem da indústria automotiva e manufatureira", disse a Casa Branca em um comunicado.
O vice-presidente da GM, Robert A. Lutz, disse que a companhia pretende manter o controle total de suas operações na América Latina e na região Ásia-Pacífico. Ele afirmou que apenas uma parte dos ativos europeus do grupo será vendida no processo de reestruturação. As marcas europeias Opel, Vauxhall e Saab estariam incluídas nessa lista de operações à venda. A Fiat havia mostrado interesse nas operações da GM na América Latina, bem como nos ativos do grupo no Oriente Médio e África. A italiana fez uma oferta à Opel e o governo alemão deve anunciar amanhã se irá apoiá-la.
A GM deve deixar de existir como companhia aberta, ou seja, com ações negociadas em bolsa, por algum tempo após emergir de uma provável concordata, disse um membro da administração Barack Obama na condição de anonimato. A companhia deve passar entre seis e 18 meses com capital fechado, uma vez que os governos dos Estados Unidos e Canadá mais o sindicato United Auto Workers (UAW) serão donos da maior fatia da montadora.
De acordo com a fonte, o plano de reestruturação do Departamento do Tesouro para a empresa permite que a GM continue viável em um cenário de vendas deprimidas e se torne "altamente rentável" se as vendas aumentarem. "A GM deve ser muito, muito rentável dado o custo estrutural que está sendo proposto e a grande redução de dívida alcançada", afirmou.
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