domingo, 17 de maio de 2009

Preço do litro do álcool em SP varia de R$ 0,99 a R$ 1,69

Levantamento foi feito pelo G1 nesta sexta-feira (15).
Gerente de posto diz que aluguel e impostos influenciam preço.

Patricia Araújo Do G1, em São Paulo


Na Avenida Pacaembu, na Barra Funda, posto cobra R$ 1,699 por litro de álcool

A diferença no preço do álcool combustível varia cerca de 70% de uma região para outra da capital paulista. Na tarde desta sexta-feira (15), a reportagem do G1 percorreu 14 postos de combustível nas zonas Sul, Leste, Oeste e Norte, além da região central, e constatou que a diferença no valor do litro do álcool chega a R$ 0,70.

No Itaim Bibi, no primeiro posto visitado pela reportagem, o litro do combustível saía para os motoristas por R$ 1,499. Segundo o gerente do Auto Posto Maragato, na Rua Joaquim Floriano, há cerca de duas semanas o preço do combustível no estabelecimento aumentou R$ 0,10. “Estava por R$ 1,399, mas subiu”, disse Reginaldo Alves Rocha, de 40 anos.

O mesmo preço era praticado pela maior parte dos postos no bairro. Só no Posto Amsterdã, na Avenida Cidade Jardim, próximo ao cruzamento com a Avenida Faria Lima, o valor cobrado era maior. Por litro de álcool no local, o motorista precisava desembolsar R$ 1,599. “Essa região é a mais cara que tem. O aluguel do espaço aqui é caro. IPTU é caro”, afirmava o gerente do lugar, Fábio Prado, para justificar o preço maior do litro do álcool no local.

“Essa região daqui é mais cara mesmo. Acho que pela demanda e pelo público”, afirmava a representante de vendas Andresa Ribeiro, de 32 anos, que diz ter parado no posto para abastecer devido a uma emergência. “Geralmente abasteço lá perto da minha casa, em Interlagos. É mais barato”, afirmou.

Se o motorista decidisse, entretanto, rodar mais cerca de 5 km, ainda na Zona Sul, no bairro de Moema, poderia economizar R$ 0,30 no litro do combustível. No Posto de Serviço Indianápolis, no número 923 da Avenida Indianápolis, o litro do álcool era vendido a R$ 1,299. De acordo com o gerente, que não quis se identificar, a explicação para o valor mais baixo era que, há uma semana, mudou o proprietário do lugar e o novo dono decidiu abaixar o valor do álcool em R$ 0,10 para atrair a freguesia.

R$ 1,699

Na Zona Norte, na Casa Verde, litro do combustível é vendido por R$ 0,99

Na Zona Oeste, porém, a reportagem encontrou o preço mais alto para o litro do combustível. Nos postos Oriba e Ruda, que ocupam os números 469 e 406 da Avenida Pacaembu, na Barra Funda, o valor cobrado por litro do álcool chega a R$ 1,699. De acordo com uma frentista, o preço é o mesmo há cerca de quatro meses.

Poucos quilômetros dali, ainda na Barra Funda, o Posto Simão, na Avenida Rudge, 1.089, apresentava uma diferença de preço de R$ 0,65 por litro abastecido. No local, o motorista enchia o tanque pagando R$ 1,049 por litro de álcool.

Mas o menor preço foi encontrado atravessando a Ponte da Casa Verde, já na Zona Norte. No bairro de mesmo nome, o Posto Papa 5, da Rede Papa, situado no número 164 da Avenida Brás Leme, o combustível é vendido por R$ 0,999. “Eu trabalho no Itaim (Bibi), mas moro aqui na Casa Verde. Acabo completando o tanque aqui antes de ir para lá porque já sei que é mais barato”, afirmou o advogado Douglas Vieira, de 32 anos, que disse abastecer o carro no mesmo posto há cerca de 5 anos.


O advogado Douglas Silva trabalha no Itaim Bibi, mas só abastece o carro perto de onde mora, na Casa Verde

Na região central, nos dois postos percorridos pelo G1, o preço médio cobrado pelos postos para o litro do álcool combustível era de R$ 1,199.

Já nos três postos da Zona Leste visitados pela reportagem, o preço do litro do combustível variou entre R$ 1,049 e R$ 1,099.

ANP

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) informou que "o preço é liberado e autorregulado pelo mercado, desde a Lei do Petróleo, de 1997. Existe um acompanhamento dos valores, feito pela ANP, divulgados semanalmente no site da Agência (http://www.anp.gov.br/petro/analise_precos.asp). Qualquer dano ao mercado por práticas de preços abusivos, porém, é analisada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Fazenda."

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