sexta-feira, 5 de junho de 2009

ABC forma grupo de trabalho para fortalecer sua indústria automobilística

Prefeitos, empresas e sindicatos vão buscar mais competitividade.
Berço da indústria responde hoje por apenas 25% da produção de veículos.


Foto: TV Globo/Reprodução
Indústria automobilística do ABC

Berço da indústria de veículos no país na primeira metade do século passado, a região do ABC atualmente corresponde a 25% da produção de automóveis e comerciais leves no país, perdendo espaço para cidades do Paraná, Rio Grande do Sul, interior do estado e em parte para o Nordeste. Para voltar a ser protagonista no setor automotivo, prefeitos e representantes das montadoras e de sindicatos da região anunciaram nesta sexta-feira (5), em São Bernardo do Campo (SP), a criação do Grupo de Trabalho Automotivo do ABC.

O lançamento do GT Automotivo contou com as presenças do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Miguel Jorge; do presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Jackson Schneider; do prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho; do prefeito de São Caetano do Sul, José Auricchio Jr.; e de representantes dos sindicatos de metalúrgicos da região e do Sindipeças.

O grupo de trabalho será coordenado pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, e se reunirá periodicamente com os representantes da indústria e dos sindicatos, além de outros prefeitos da região, para reforçar a presença do ABC na cadeia produtiva da indústria automobilística.


O GT Automotivo pretende desenvolver políticas e medidas que dinamizem toda a cadeia produtiva no ABC. Entre os principais aspectos levantados no encontro estão a logística da região, os acordos trabalhistas, os custos produtivos e a busca por soluções para a indústria automobilística se tornar mais competitiva no mercado externo.

Invasão chinesa

Outro ponto levantado é a chegada de novos competidores no mercado de veículos, como a montadora chinesa Chery, que debate com diversos estados onde irá construir sua fábrica. O investimento da Chery no país será de US$ 1 bilhão. O ministro Miguel Jorge também ressaltou que a China entrará no país também com empresas de autopeças e que os esforços serão concentrados para inibir a entrada de produtos sem qualidade no mercado brasileiro, para preservar os empregos locais.


Nesse sentido, o presidente da Anfavea, Jackson Schneider, reforçou que o mais importante para o setor é o diálogo entre empresas, governo e sindicatos. Segundo ele, neste ano o país será o sexto maior produtor de veículos e o quinto maior mercado mundial de veículos.

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