segunda-feira, 22 de junho de 2009

Estudo pioneiro investiga formação de neblina em rodovias de SP

Nevoeiros são frequentes nesta época do ano no Interior de SP.
Indústrias instaladas na beira da estrada podem agravar problema.


A neblina, comum nesta época do ano, preocupa a concessionária que administra as rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares, no interior de São Paulo. Por isso, um estudo pioneiro no Brasil vai investigar a formação de névoa na região.

O sábado (20) amanheceu encoberto pela neblina na Rodovia Castelo Branco no interior de São Paulo. Para os motoristas, a visão da estrada não é muito clara. “É perigoso. Você não enxerga nada na frente do carro. É difícil, a gente não enxerga dois metros na frente do carro”, disse o engenheiro Fernando Lopes Júnior.

A neblina é mais frequente nesta época do ano, um fenômeno natural causado pelas temperaturas baixas da madrugada com a alta umidade. Com o nevoeiro, a visibilidade do motorista é inferior a um quilômetro. Já com a neblina, que é menos densa, a visão é superior a um quilômetro. Com neblina ou nevoeiro, o motorista precisa ficar atento.


Segundo a concessionária que administra as rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares, os acidentes causados pela neblina são mais graves. Para descobrir o motivo de tanta neblina em pleno outono, a concessionária e a Universidade de São Paulo (USP) vão desenvolver uma pesquisa pioneira no país.

Equipamentos chamados coletores de neblina serão instalados em diferentes pontos da rodovia. Um ventilador ajuda a captar a neblina em trechos mais críticos. As gotículas do nevoeiro são coletadas, então, por uma placa e o líquido vai para um recipiente. E as amostras são levadas para laboratórios da USP e da Áustria. O objetivo é identificar quais partículas de poluentes deixam a neblina mais densa.

Indústrias instaladas na beira da rodovia podem agravar o problema. Dependendo do resultado obtido, podem ser instalados filtros, como já aconteceu nas indústrias da França,ou o controle da emissão de água em outros horários, segundo o gerente de tráfego Fausto Camiloti.

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