terça-feira, 9 de junho de 2009

Inspeção veicular diminui poluição em São Paulo

Capital paulista é a cidade mais poluída do Brasil.
Veículos a partir de 2003 são obrigados a fazer a inspeção.



No Dia do Meio Ambiente, a capital paulista São Paulo, cidade mais poluída do país, comemora os números de adesão ao Programa de Inspeção Veicular Ambiental. A medida reduziu as emissões de monóxido de carbono, bióxido de enxofre, de nitrogênio, ozônio, hidrocarbonetos e fuligem - todos esses gases poluentes estão nas fumaças pretas que saem dos escapamentos dos veículos.


Este ano, São Paulo, que tem a maior frota do país (6,5 milhões de veículos), resolveu acabar com a poluição emitida por carros fabricados a partir de 2003 e pelas motos. Até dezembro, eles terão que passar por uma inspeção veicular ambiental.


“Por que 2003 pra frente? Apesar de representar 40% da frota de automóvel, ela representa 70% da frota que efetivamente roda”, diz Márcio Schettino, coordenador do Programa de Inspeção Veicular da Secretaria do Verde e Meio Ambiente.

Uma sonda que é ligada ao escapamento do veículo analisa a quantidade de gases poluentes lançados no ar. Carros a álcool podem emitir até 1.100 partículas por milhão de hidrocarboneto, o combustível que não queima e que mais polui o ar. Para os carros a gasolina, o limite é menor, 700 partículas por milhão. A diferença é porque o álcool polui menos.

“No programa paulista, você está condicionando o licenciamento do veículo à aprovação da inspeção. Um vez não aprovado, o veículo esta sujeito a uma multa de R$ 550”, diz Eduardo Rossio, diretor da empresa de inspeção veicular.

O especialista Paulo Afonso de André, que trabalha no Laboratório de Poluição Atmosférica da USP, diz que uma pessoa sente os efeitos da poluição mesmo antes de nascer.

“No momento que a mãe respira e passa, através da corrente sanguínea, para o bebê os efeitos tóxicos dessa poluição. A gente inala e essas partículas entram no nosso pulmão criando desde inflamações até agressões mais severas e comprometendo a capacidade respiratória da pessoa”, diz ele.

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