Deficientes visuais consideram veículos silenciosos um perigo.
Ministério dos Transportes criou grupo de trabalho para achar solução.
Modelos do híbrido Honda Insight em uma concessionária em Tóquio
Os silenciosos carros híbridos japoneses estão sendo considerados perigosos por pessoas com deficiência visual e até por alguns proprietários exatamente pelo fato de não produzirem barulhos. O governo japonês está estudando tornar obrigatória a implantação de elementos que produzam barulho.
“As pessoas cegas dependem do som dos carros para se orientar, mas os modelos híbridos não emitem nenhum barulho quando estão em baixa velocidade”, destacou em um comunicado o Ministério dos Transportes. O ministério reuniu um grupo de trabalho formado por estudantes, grupos de deficientes, consumidores, policiais e representantes das montadoras para discutir o assunto.
Esquema mostra o interior de um veículo com motor híbrido
De acordo com o comunicado, as empresas decidiram considerar a introdução de elementos que produzam som em carros híbridos. O barulho seria uma espécie de alarme de atenção em caso de perigo para algum pedestre. O ministério destaca que, por outro lado, o silencio dos carros híbridos ajuda a reduzir poluição sonora das grandes cidades.
O grupo de trabalho deverá apresentar até o final do ano as suas conclusões. As decisões serão debatidas com membros do comitê de segurança automobilística do ministério que poderá transformá-las em lei.
Os híbridos, que combinam motor a combustão com motor elétrico, se tornaram recentemente os carros mais vendidos no Japão. A Toyota lançou o primeiro híbrido popular, o Prius, em 1997.
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