Mau funcionamento da peça compromete desempenho do motor.
Troca da vela de ignição deve ser feita entre 10 mil e 15 mil quilômetros.
Vela de ignição
Você muitas vezes pode notar alguma diferença no desempenho do seu carro, mas não faz ideia do que possa ser. O duro é que essa diferença é para pior, e parece que essa sensação de perda de potência só aumenta com o passar do tempo. As causas podem estar relacionadas a diversos fatores como, por exemplo, o combustivel adulterado. Porém, uma peça do motor merece uma atenção especial: a vela de ignição.
Essa peça com avarias pode comprometer de forma drástica o rendimento do motor, sem contar o consumo de combustível e os altos níveis de poluentes expelidos pelo escapamento.
O sistema de ignição do motor tem por objetivo proporcionar a correta queima do combustível. Esse processo, no entanto, deve ocorrer de forma ordenada e em tempo pré-estabelecido, de modo que a explosão resultante possa gerar a maior força possível. Se o sistema de ignição gerar faísca em um momento qualquer, a potência poderá se perder, o consumo de combustível será maior e ainda acarretará emissões de gases fora de padrão.
Alta voltagem
A vela de ignição é um dispositivo elétrico cuja finalidade é inflamar a mistura comprimida de ar/combustível dentro do cilindro do motor. Essa peça é encaixada na parte superior do motor, mais conhecida por cabeçote. A vela de ignição conduz alta voltagem elétrica para o interior da câmara de combustão, convertendo-a em faísca que vai provocar a explosão. Esse fato ocorre por meio de uma centelha disparada pela vela. Isso acontece antes que o pistão atinja o ponto superior da câmara de combustão.
Quando ocorre a queima da mistura ar/combustível dentro do cilindro, a temperatura interna aumenta e o combustível passa para o estado gasoso. Essa transformação faz com que a pressão dentro do cilindro aumente e isso faz com que o pistão seja empurrado para baixo, o que conseqüentemente gera movimento no eixo-motriz, ou como é mais conhecido, virabrequim. Esse é o funcionamento do motor. Cada sobe é desce dos pistões está associado as rotações do motor. Isso significa que, quanto mais rápido o motor girar, mais cedo deverá ocorrer a centelha emitida pela vela de ignição.Tudo de modo sincronizado a fim de maximizar o resultado.
Vale ressaltar que os motores de combustão interna podem ser divididos em dois tipos. O primeiro é do tipo de ignição por centelha, ou seja, que utiliza a vela de ignição para provocar a combustão. Um exemplo é o motor movido a gasolina ou a álcool. O segundo tipo de motor é de ignição por compressão. Esse motor comprime a mistura ar/combustível até que ela entre em ignição por conta própria. Um exemplo é o motor movido a diesel.
A vela de ignição recebe uma tensão que pode variar de 20 mil a 100 mil volts. Essa voltagem provém da bobina, a qual a vela está conectada através de um cabo blindado. Por meio de uma peça chamada de distribuidor a centelha surge na ponta da vela, que está então no interior da câmara de combustão. Para evitar que centelha não ocorra em outra parte da vela é empregado um revestimento de cerâmica para isolar a alta tensão.
Grau térmico
As velas também podem ter determinadas especificações, como por exemplo o grau térmico, que nada mais é que a capacidade de absorver e dissipar o calor. O motor em funcionamento gera uma alta temperatura e parte é absorvida pelas velas de ignição. Para se ter uma idéia a faixa de temperatura de funcionamento de uma vela varia entre 450º C a 850º C nas condições normais de uso. Como existem vários tipos de motores com maior ou menor carga térmica, exigem-se então vários tipos de velas com maior ou menor capacidade de absorção e dissipação de calor.
Certos carros contam com alto desempenho é assim é natural que irão gerar mais calor, de modo que passam a necessitar de velas mais frias. Isso ocorre porque se a vela ficar muito quente, ela poderá inflamar o combustível antes que a centelha seja emitida, ocasionando uma explosão fora de hora. Desse modo existem dois tipos de velas: quente e fria.
A vela do tipo quente é projetada com a parte de cerâmica pequena, o que permite maior área de contato com a parte metálica da vela, que gera mais calor e permite queimar depósitos de carvão quando o veiculo estiver em baixa velocidade. Já a vela do tipo fria é projetada com uma área maior de cerâmica, o que permite maior dissipação de calor, assim funciona mais frio, porém o suficiente para evitar a carbonização quando o veículo estiver em baixa velocidade.
O aspecto da vela, mais precisamente do eletrodo, pode determinar a condição de trabalho do motor. A aparência é considerada normal quando a ponta da vela apresentar uma coloração de tom marrom, marrom claro, cinza ou cinza clara. Dentro dessas características significa que o motor está em boas condições e a vela desempenhando sua função normalmente.
A recomendação de troca da vela de ignição está entre 10 mil e 15 mil quilômetros. Porém, existem velas especiais, com eletrodos de prata que podem durar até 30 mil quilômetros. O mesmo é indicado para as velas com eletrodos múltiplos. Mas vale lembrar que a durabilidade da vela vai depender do combustível utilizado e das condições de uso.
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