Futuro da montadora voltará a ser discutido esta semana.
Alemães temem que novos investidores promovam demissões na Opel.
GM quer vender a Opel
O Governo alemão encara com "otimismo" a nova rodada de negociações sobre o futuro da montadora Opel, que esta semana voltará ser discutido entre representantes do Executivo nacional, dos estados federados, da General Motors (GM), da fabricante austríaco-canadense Magna e do grupo de investidores belga RHJI.
O vice-porta-voz do Governo alemão, Klaus Vater, afirmou nesta segunda-feira (3) que, nos Estados Unidos, surgiram "sinais positivos" que possibilitam "uma expectativa positiva a respeito das conversas que acontecerão esta semana".
O funcionário não confirmou se a nova rodada de contatos, iniciados há semanas, acontecerá nesta terça-feira (4), como noticiou a imprensa alemã.
Nos Estados Unidos, nesta segunda-feira (3) será realizada a sessão constituinte do novo conselho de vigilância da GM, que foi praticamente nacionalizada no final de maio.
Na sexta, o vice-chanceler e ministro de Assuntos Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, conversou por telefone com o presidente da montadora americana, Fritz Henderson.
Segundo o jornal "Bild", durante a conversa, Steinmeier frisou que o Governo alemão só concederá os avais prometidos a um investidor que assumir um compromisso de longo prazo com a Opel e que garanta que não haverá demissões.
Na Alemanha, teme-se que a GM possa vender a Opel a um investidor que demita vários empregados e depois revenda a empresa à matriz americana.
Os primeiros-ministros dos estados federados de Hesse, Roland Koch, e Turíngia, Dieter Althaus - ambos com fábricas da Opel - voltaram a dizer no último fim de semana que a Alemanha só aprovará o projeto da Magna.
Pouco antes de se declarar insolvente, a GM se desfez de suas atividades na Europa, que ficarão em mãos de uma entidade fiduciária até que encontrem um comprador.
Para manter a Opel viva até que haja uma aquisição definitiva, o Governo alemão se dispôs a ser avalista de 4,5 bilhões de euros e a conceder um crédito imediato de até 1,5 bilhão de euros à montadora.
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