terça-feira, 11 de agosto de 2009

Seu carro foi guinchado? Veja o que fazer

Reboque pode levar carros estacionados em locais proibidos.
Veja que documentos levar e quanto pagar para retirar o veículo do pátio.


Não encontrar o carro no lugar onde estacionou tem sido uma rotina para muitos motoristas das principais capitais do país. O carro foi roubado? Não. Uma placa com a frase "Seu veículo foi guinchado" é colocada no lugar onde o automóvel estava. Só em São Paulo, mais de 60 veículos são guinchados por dia. São veículos que foram estacionados em locais proibidos e acabaram sendo removidos pelos agentes de trânsito. Mas, o que fazer quando um carro é guinchado?

De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET-SP), o carro pode ser guinchado se estiver estacionado em fila dupla; em local indicado pelas placas de proibido estacionar e proibido parar e estacionar; em faixas de pedestres; em frente às guias rebaixadas; sobre a calçada; em locais de pontos de ônibus; a menos de cinco metros do alinhamento; ou em ilhas, refúgios, canteiros centrais, marcas de canalização.

Como é feito o reboque

Quando os agentes de trânsito encontram algum carro nessas condições, o guincho é chamado para rebocar o veículo para um estacionamento ligado ao Detran. Os funcionários do guincho colocam nas quatro rodas um equipamento chamado patins, que permite que o carro seja arrastado para cima do guincho, onde os pneus são amarrados por cintas de tecido resistente. Se o proprietário chegar antes do guincho seguir viagem, ele pode pedir para que o carro seja retirado e ele vai embora com o carro. Se o guincho já começou a rodar, ele só volta a pegar o carro no pátio.

Em algumas cidades, como Rio e Belo Horizonte, o veículo estacionado em local proibido é fotografado. A foto é tirada antes da remoção, com a finalidade de comprovar danos pré-existentes. Em seguida, lacrado com selos no capô do motor, porta-malas, vidros, portas, tanque de combustível para garantir a sua inviolabilidade. Em São Paulo, a CET deixa no local da remoção um cavalete informando o ocorrido. Neste cavalete consta o número do telefone 1188 para obter maiores informações ou, ainda, no site da companhia.

Todos os veículos rebocados pelos órgãos da Prefeitura são levados para os depósitos públicos municipais que funcionam, para liberação. Ao chegar ao depósito, o veículo é vistoriado para verificação de avarias, anotadas em uma ficha que é arquivada até a chegada do proprietário.

São Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte
Consulta de veículos rebocados em São Paulo Consulta de veículos rebocados no Rio de Janeiro Consulta de veículos rebocados em Belo Horizonte
Mais informações: telefone 1188 Mais informações: (21) 3293-1700 Mais informações: (31) 3277-6500



Foto: TV Globo/Reprodução
Carro guinchado

Como retirar o veículo

O Código de Trânsito Brasileiro determina que "o veículo apreendido em decorrência de penalidade aplicada será recolhido ao depósito e nele permanecerá sob custódia e responsabilidade do órgão ou entidade apreendedora, com ônus para o seu proprietário, pelo prazo de até trinta dias. A restituição dos veículos apreendidos só ocorrerá mediante o prévio pagamento das multas impostas, taxas e despesas com remoção e estada, além de outros encargos previstos na legislação específica. A retirada dos veículos apreendidos é condicionada, ainda, ao reparo de qualquer componente ou equipamento obrigatório que não esteja em perfeito estado de funcionamento".

Para recuperar o veículo, o proprietário ou seu representante legal deverá dirigir-se ao órgão competente e apresentar o Certificado de Registro de Licenciamento do Veículo (CRLV) atualizado mais cópia simples, o RG do requerente mais cópia simples, e a carteira da habilitação (caso o proprietário não possua habilitação, deverá ser acompanhado por indivíduo habilitado). Também deverá efetuar o pagamento de multas pendentes e IPVA.

O dono deverá ainda pagar a multa pelo guinchamento e a diária da estadia no pátio. Este valor muda de acordo com cada cidade. Em São Paulo, o proprietário paga R$ 375 de multa pelo reboque e mais R$ 29,40 por cada dia em que o automóvel ficar no pátio do Detran. No Rio, a taxa é de R$ 99,99 mais a diária de R$ 40,40. Em Belo Horizonte, a taxa de remoção é de R$ 128,86 e a diária começa em R$ 17,18 e vai aumentando gradativamente.

Se o veículo for financiado e ainda estiver em nome de instituição financeira, deverá ser apresentado cópia autenticada do contrato de financiamento. Caso o veículo tenha sido comprado por outra pessoa e ainda não tenha sido transferido junto ao Detran, o comprador poderá apresentar o Recibo de Compra do Veículo (CRV) devidamente preenchido, datado e com firma do vendedor reconhecida em Cartório. Se o veículo estiver registrado em nome de pessoa jurídica, deverá ser apresentada a cópia autenticada do contrato social da empresa e além de suas alterações contratuais que indique o nome das pessoas com poderes para a retirada do mesmo.

Se o dono do carro rebocado não aparecer dentro de 90 dias, o veículo vai a leilão.

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