Objeção de grupo de credores contra a entrada da Fiat foi rejeitada.
Montadora americana teve de pedir concordata em 30 de abril.
O juiz do Tribunal de Falências de Nova York, Arhtur González, autorizou nesta quarta-feira (20) a Chrysler a utilizar US$ 4,96 bilhões emprestados pelos governos dos Estados Unidos e do Canadá, apesar das objeções de um grupo de credores.
A decisão do juiz, que já tinha dado permissão de forma provisória no início do mês, possibilita que a Chrysler continue operando enquanto o fabricante estiver em concordata. González rejeitou as objeções de três fundos de investimento contrários à fusão da Chrysler com o grupo italiano Fiat.
Os três grupos de investimento, localizados no estado de Indiana e que têm parte dos US$ 6,9 bilhões de dívida assegurada da Chrysler, argumentaram que a fusão é ilegal e que o Governo americano está agindo de forma inconstitucional.
Em uma moção apresentada a González, os três fundos de investimento afirmaram que "o Departamento do Tesouro tomou posse construtiva da Chrysler e está exigindo adotar um plano de venda que viola os princípios mais fundamentais dos direitos dos credores".
O documento acrescenta que o Governo americano "organizou um plano que paga aos credores assegurados apenas 29% de suas reivindicações, enquanto proporciona a recuperação total de alguns credores não assegurados".
A Chrysler teve que pedir concordata em 30 de abril, quando um grupo de credores, que representa cerca de US$ 300 milhões do total de US$ 6,9 bilhões de dívida assegurada, foi contra o plano do Departamento do Tesouro de reestruturar as responsabilidades financeiras do fabricante americano.
O plano da Chrysler inclui a entrada da italiana Fiat no capital da empresa em troca de contribuições tecnológicas e industriais.
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