28 pessoas morrem nas estradas do Paraná neste feriado
Nem o feriado do carnaval, com quatro dias de festa, foi tão violento no estado. Saiba como agir quando presenciar um acidente. O que se sugere a quem queira ajudar é cuidar da sinalização.
Veja que número surpreendente: 28 pessoas morreram neste feriado nas estradas do Paraná. Nem o feriado do carnaval, com quatro dias de festa, foi tão violento no estado. O Jornal Hoje destaca o trabalho de quem socorre as vítimas e mostra o que você deve fazer se presenciar um acidente.
Os socorristas chegam preparados para estancar hemorragias, garantir oxigênio a quem tem falta de ar. E quando há médicos na equipe, eles podem aplicar sedativos e induzir o coma, para o paciente resistir à viagem até um hospital.
"Imagine que o indivíduo esteja com uma parada cardio-respiratória, com cinco minutos ele já começa a sofrer dano cerebral, etc. Então todo esse tempo ganho de ventilação, oxigenação, reversão do quadro é extremamente valioso, então são vidas que são ganhas nas estradas", diz João Ricardo Duda, médico socorrista.
Para quem testemunha um acidente, um alerta: nunca mexa numa vítima. "A gente sabe que muita gente já acabou perdendo a vida por causa de um ato intempestivo de alguém que tentou ajudar e que o indivíduo tava com a coluna cervical instável, foi removido, isso daí causou uma lesão da medula e o indivíduo acabou ou ficando paraplégico ou eventualmente até perdendo a vida", diz o médico.
Como o atendimento a acidentados é muito específico, o que se sugere a quem queira ajudar é cuidar da sinalização, desde que, claro, haja condições de segurança para isso. Se aquele carro, por exemplo, não estivesse parado no acostamento, e sim no meio da pista, o ideal seria ter mesmo o triângulo a 30 metros de distância, como manda a lei, mas continuar caminhando mais 100, 150 metros para sinalizar para os outros motoristas.
“Que ela faça a gesticulação com a sua mão, indicando a faixa que está livre pra aquela pessoa que se aproxima do local e também quando houver um grande fluxo de veículos que ela peça uma redução de velocidade daqueles veículos que se aproximam de uma formação de fila ou de congestionamento", diz Marcelo Belão, coordenador de tráfego Ecovia.
E como ainda assim há motoristas que não conseguem parar nos congestionamentos, outro alerta: curiosos às margens da rodovia atrapalham o serviço de resgate, complicam o trânsito e correm sério risco de morte. Então, o certo é chamar quem tem preparo para socorrer as vítimas.
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