Carros e motos movidos a energia elétrica podem ser carregados no Rio.
Eletroposto abastece com energia solar, sem emissão de poluentes.
A partir desta quarta-feira (10), os proprietários de carros e motos movidas a energia elétrica podem recarregar seus veículos com emissão zero de poluentes no primeiro eletroposto do país abastecido a energia solar, na Barra da Tijuca, no Rio, dentro de um posto da BR Distribuidora.
De acordo com o responsável pelo projeto, o diretor da rede de postos de serviços da BR, braço de distribuição da Petrobras, Edimario Oliveira Machado, em todo o país há 26 carros e 1.500 motos movidas a energia. Mas a expectativa, segundo o executivo, é de crescimento desse mercado de 50% ao ano.
"São clientes que hoje abastecem em casa, mas podem optar por completar a recarga no nosso posto quando estiverem na rua ou fazer todo o carregamento com a segurança de uma energia totalmente limpa", afirmou ele à Reuters.
"Queremos mostrar ao mercado que é possível ter uma estrutura e que ela é sustentável."
No Rio, segundo Machado, existem 300 motos e 20 carros elétricos, com a maioria dos proprietários residindo na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade.
Machado explicou que o custo do abastecimento no posto ainda é maior do que o residencial, e apenas a consciência ecológica deverá levar o consumidor a pagar mais por essa energia.
Com a perspectiva de aumento do número de veículos nessa categoria, no entanto, a previsão é de que o valor do quilowatt seja reduzido no posto.
Segundo o diretor, atualmente o consumidor paga R$ 0,40 o quilowatt para abastecer o carro ou a moto em casa, "mas é uma energia que envolve hidrelétricas, térmicas e até nuclear", destacou. No eletroposto, o custo do quilowatt sobe para R$ 2,60.
Uma autonomia de 60 quilômetros para um veículo elétrico corresponde a 12 quilowatts de energia elétrica, que custariam de R$ 30 a R$ 31 no eletroposto. Com gasolina, a mesma distância custaria R$ 15 para o consumidor, enquanto que com a energia residencial sairia a R$ 5 reais, "mas com impacto ambiental", observou Machado.
"A tendência é reduzir o custo. Vai se tornar uma energia competitiva, mas por enquanto teremos um público mais preocupado com o meio ambiente", reconheceu.
A BR gastou R$ 70 mil na construção da unidade que foi instalada em um posto já existente e ainda não há planos para uma segunda unidade.
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