segunda-feira, 1 de junho de 2009

Tire dúvidas sobre a carroceria do veículo

Estrutura em monobloco diminui o peso e melhora comportamento do carro.
Infográfico mostra o que significa cada letra e número do chassi.


Foto: Divulgação
Após montagem da carroceria, funcionários colocam os pneus neste Nissan Livina

Uma dúvida cruel assola milhares de motoristas ao se tratar do assunto carroceria. A dúvida que mais persiste é: afinal de contas, é verdade que os atuais veículos não possuem mais chassi? Pois bem, realmente a maior parte dos automóveis não conta mais com o velho chassi. O que os carros possuem atualmente é uma carroceria monobloco. Essa é a carroceria mais comum nos carros modernos.

Nessa estrutura, o assoalho é estampado juntamente com o restante da lataria, assim todas as partes do corpo do carro saem da linha de montagem como uma peça única. Em razão dessa característica deu-se o nome de monobloco. A grande vantagem de empregar esse tipo de estrutura está na redução de peso e também no comportamento dinâmico do veiculo que fica infinitamente melhorado.

O velho chassi como muitos conhecem, foi planejado para ser uma peça separada da carroceria. Esse item é considerado uma espécie de espinha dorsal dos automóveis. Nela todas as demais partes são acopladas. O assoalho é separado do restante da carroceria e fica apoiado nas longarinas, travessas paralelas que ficam em toda a extensão do chassi. Esse conceito de uma peça separada da carroceria equipa os comerciais, como caminhões e picapes, pois reduz a possibilidade de trincas na estrutura, uma vez que esses veículos são mais exigidos na sua utilização, geralmente na capacidade de carga.

Então temos duas formas na estrutura de um carro. Ele pode ser monobloco, uma peça única que compreende assoalho, as laterais e o teto. Geralmente é utilizada nos automóveis de passeio. A outro forma é o chassi e carroceria separados, em que o assoalho é a estrutura principal do carro. A ele é acoplada a carroceria, com laterais e teto. Essa estrutura de duas peças é mais utilizada nos veículos comerciais, como picapes e caminhões.

Foto: AFP
Trabalhadores montam o Honda City na Índia

O termo chassi ainda desperta algumas confusões principalmente por causa dos documentos de um carro. Na verdade a identificação de um automóvel é o seu registro geral, semelhante ao RG das pessoas. Acontece que no RG dos veículos o termo chassi é empregado para individualizar cada modelo com um número de produção. Mas, independente de ser um carro com monobloco ou com chassi e carroceria separados, no documento todos serão tratados apenas por chassi.

Nesse registro constam uma série de números e letras que informam a procedência do automóvel, como local onde foi fabricado, o ano de fabricação, a marca, modelo e seu número dentro da linha de montagem. Uma regra bem interessante é que as letras “I”, “O” e “Q” foram proibidas, pelo fato de poderem ser facilmente adulteradas. Mais uma boa cautela para dificultar o trabalho de malandros. Abaixo segue um modelo da numeração do chassi.

Para completar a carroceria, independente de ser em uma ou duas peças, vem a lataria que dá as formas ao carro para completar. A espessura dessa peça pode variar de uma área para outra do veículo. Em alguns modelos da Fiat, por exemplo, a chapa que vai na área externa pode medir entre 0,7 e 0,8 milímetros.

As carrocerias atuais são mais finas e mais leves, porém tudo com o intuito de se deformarem com mais facilidade em caso de uma batida. A engenharia das marcas prevê a deformação progressiva. Nesse projeto as extremidades do veículo se deformam, absorvendo o impacto e assegurando a integridade física dos ocupantes.


É muito comum ouvir falar de barras laterais de proteção, mas pouca gente sabe qual a sua real finalidade. Essas estruturas metálicas são montadas no interior das portas dos automóveis e sua função principal é proteger a região da altura dos assentos. Na porta dianteira a barra de proteção se apóia na coluna dianteira e também na central. Já nos carros de quatro portas, a porta traseira apóia a barra nas colunas central e traseira. Essa peça é bem eficiente, pois absorve os impactos laterais em caso de acidente. Esse equipamento é um tanto antigo, pois já era utilizada nos carros de produção desde o final dos anos 80.

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