quinta-feira, 25 de junho de 2009

Venda de carros teve maior alta em 2007, mas salários do varejo cresceram mais

Vendas do setor de veículos tiveram alta de 19,6%.
Norte e Nordeste aumentaram participação nos salários e pessoal ocupado.

O comércio de veículos e peças registrou, em 2007, o maior crescimento entre os setores do comércio, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Enquanto as vendas do setor cresceram 19,6% na comparação com o ano anterior, o varejo teve alta de 12,7%. Já o atacado cresceu 12,3%.


A Pesquisa Anual do Comércio aponta, no entanto, que os salários pagos não acompanharam a alta das vendas: salários, retiradas e outras remunerações cresceram 13,6% no comércio de veículos, menos que os 16,8% do varejo e os 16,7% do atacado.

O número de contratações também não foi proporcional ao crescimento das vendas. O pessoal ocupado no comércio de veículos cresceu em 62 mil pessoas, ou 8,8%. Já no varejo a alta foi de 10,6% (612 mil pessoas) e no atacado, de 15,1% (167 mil pessoas).

Estrutura

Na passagem de 2006 para 2007, o IBGE aponta que não houve mudanças estruturais no comércio brasileiro. O atacado seguiu sendo responsável pela maior parcela da receita operacional líquida do comércio, com R$ 551,5 bilhões (43,8% do total), seguida pelo varejo, com R$ 518 bilhões (41,1%), e pelo comércio de veículos, com R$ 190 bilhões (15,1%).

Em contrapartida, nos dois anos o segmento varejista aparece com o maior número de empresas e estabelecimentos – 1,4 milhão (84,4% do total), ante 110,3 mil do atacado (6,9%) e 138,4 mil do comércio de veículos (8,7%); assim como a maior parte do pessoal ocupado (6,3 milhões de pessoas, ou 75,7% do total) e a maior participação nos salários, retiradas e outras remunerações (R$ 47,8 bilhões, ou 64,7% do total).

Regiões

Na comparação entre os anos de 2003 e 2007, as regiões Norte e Nordeste aumentaram sua participação nos salários e pessoal ocupado, do total do comércio, enquanto a região Sudeste perdeu espaço, apesar de manter a maior participação em todas as atividades do comércio.

O estado de São Paulo se manteve como o que mais emprega entre o comércio nacional, com participação de 30,3%. Foi também responsável pela maior parte dos salários, retiradas e outras remunerações, com 37,0% do total em 2007.

Minas Gerais aparece como o segundo estado em relação ao emprego, com 11,1% do total em 2007. Mas em relação à massa salarial o Rio de Janeiro figurou em segundo lugar com 9,9%.

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