Montadora norte-americana quer produzir carros mais eficientes.
Empresa vai investir em tecnolgia para não depender do petróleo.
Tom Stephens, vice-presidente de desenvolvimento de produtos da General Motors
Como chefe de desenvolvimento de produtos da General Motors, Tom Stephens sabe que não tem margem para erros. A gasolina, segundo ele, vai ditar que tipo de carros e caminhonetes as pessoas querem comprar. Os preços deverão subir pela oferta e demanda mundiais guiados pela necessidade de se ter automóveis compactos. Além disso, a GM terá de planejar produzir carros com preços baixos também.
Em meio às flutuações dos preços da gasolina, o novo vice-presidente da GM diz que não pode haver erros na qualidade ou na aparência dos produtos depois que a empresa se envolveu em uma recente concordata.
“Não podemos nos dar ao luxo de fazer nada que não seja um sucesso”, disse Stephens. “Cada novo lançamento da GM tem que ser um ‘home run’”, avaliou o executivo (‘home run’ é o ponto perfeito no jogo de beisebol).
Stephens, de 60 anos, que passou toda a carreira na GM, diz que a empresa vai apresentar ao mercado o Chevrolet Malibu tamanho médio, o sedã esportivo Cadillac CTS, o ‘muscle-car’ com visual retro Camaro e novos veículos crossover que mesclam o estilo dos utilitários esportivos (SUVs) com os carros de passeio.
Segundo ele, todos estes novos carros têm melhor eficiência no consumo de combustível que seus antecessores, e a GM tenta atingir as metas de eficiência energética estabelecidas pelo governo dos Estados Unidos, permitindo aos carros atingir uma maior quilometragem por litro de combustível.
O vice-presidente de desenvolvimento de produtos da GM, Tom Stephens, posa ao lado de um Corvette ZR1 na fábrica da empresa em Warren, estado de Michigan (EUA)
Carros elétricos
Stephens também vê a hora em que os carros de passageiros serão movidos a eletricidade e outras energias alternativas. Ele disse que a GM poderá vir a ganhar dinheiro com o carro elétrico Chevrolet Volt, mas não na primeira geração do modelo, onde o volume de unidades é baixo e os preços serão altos.
De acordo com Stephens, a GM tem dinheiro disponível para aplicar em uma série de estratégias para se livrar da dependência do petróleo estrangeiro. Entre elas estão o etanol E85 (que leva 15% de gasolina), gás natural e as mudanças tecnológicas nos motores convencionais que os tornarão mais eficientes.
Ele vê o dia em que a maioria dos carros de passeio serão movidos a eletricidade, mas acredita que caminhões pesados ainda vão depender do diesel como combustível. Também acredita na possibilidade dos carros usarem uma gasolina mais eficiente quando tiverem de percorrer maiores distâncias entre as cidades.
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