quarta-feira, 29 de julho de 2009

Montadora chinesa quer vender 700 mil carros elétricos em 2010

BYD Auto faz planos para conquistar o mercado externo.
Empresa começou fazendo baterias para celular.


Foto: Tyrone Siu/Reuters
O local para abastecimento elétrico do carro BYD F6DM

A empresa chinesa BYD Auto quer se tornar uma das líderes em produção de veículos elétricos. Para isso, os executivos estabeleceram uma meta de vendas de 700 mil unidades em 2010, quatro vezes mais o que a companhia vendeu no ano passado, e o dobro do que deverá comercializar até o final deste ano.

Entre as metas da BYD (Build Your Dreams, em inglês, “construa o seu sonho” ) está a produção de 8 milhões de unidades até 2025, quando pretende exportar pelo menos a metade deste volume. Por enquanto, a empresa está trabalhando com foco no mercado interno, em virtude da grande de manda por carros na China, mas pretende em breve começar os trabalho de exportação.

A BYD desenvolveu carros elétricos para competir com os similares da General Motors, Renault e Toyota. “Temos que fazer produtos confiáveis para que o consumidor possa reconhecer o valor de nossa marca”, destacou Henry Li, gerente de exportação da BYD.

A empresa começou fabricando baterias em Shenzhen, na China, em 1995. Cinco anos depois se tornou a principal fabricante de baterias para celulares. Em 2003, a BYD entrou no setor automotivo comprando uma empresa que estava falindo e passou a produzir o sedã mais vendido do país, o S8.

Foto: Tyrone Siu/Reuters
O sedã BYD S8 é um sucesso de vendas na China


A BYD também começou a vender carros híbridos (com motor elétrico e um auxiliar a gasolina), o F3DM, que tem autonomia de 100 km com uma carga elétrica e pode atingir a velocidade máxima de 160 km/h.

Construir uma bateria segura, confiável, de longa duração e rápida de ser recarregada para um carro é muito complexo e oneroso, mas a BYD diz ter obtido avanços com a tecnologia de ferro-fosfato e íon-lítio. “Os preços dos carros elétricos começam mais caros em relação aos veículos a gasolina, mas acredito que com os investimentos em pesquisa, desenvolvimento e manufatura vamos conseguir reduzir custos operacionais e abaixar o preço final do produto”, disse Li.

Dois carros totalmente elétricos, o E3 e o E6, serão lançados ainda este ano na China. A BYD espera exportá-los para a Europa e Estados Unidos em 2011. O governo chinês quer transformar o país em uma potência na produção de carros elétricos para o consumidor comum. Para isso, investe no financiamento em pesquisa de novas tecnologias e dá subsídios de até US$ 8.800 para os consumidores trocarem seus carros com motor a combustão pelos veículos elétricos. “Os programas de incentivo do governo são importantes para os carros elétricos, principalmente nesta fase onde os produtos são mais caros que os carros a gasolina”, destacou Li.

Enquanto isso, o departamento de pesquisas da BYD está desenvolvendo um conjunto de painéis solares com turbinas eólicas ligados a baterias feitas para armazenar energia. Com isso, os consumidores não precisarão mais carregar os carros elétricos em casa e terão energia gratuita para os automóveis.

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