Juiz de falências aprovou plano de reestruturação da empresa.
Governo americano possuirá 60,8% da nova montadora.
Logotipo da GM aparece no retrovisor de um carro
A nova General Motors (GM) está pronta para nascer na próxima quinta-feira (9), depois de um juiz aprovar na noite de domingo a venda dos ativos rentáveis da companhia para evitar "o desastroso resultado" da liquidação da principal montadora dos Estados Unidos.
Termina às 12h de quinta-feira o prazo dado pelo juiz Robert Gerber, do Tribunal de Quebras de Nova York, para que os grupos envolvidos apresentem suas objeções à venda dos ativos, o que significará que o Governo americano possuirá 60,8% da nova empresa.
Grupos de credores, aposentados e indivíduos lesionados em acidentes de trânsito se opuseram à venda, ao considerar que seus direitos desaparecerão com a criação da nova companhia, que terá o nome de General Motors Company.
Além disso, asseguram que outros grupos, como os trabalhadores representados pelo sindicato United Auto Workers (UAW), estão sendo tratados de forma preferencial.
Entretanto, o presidente da GM, Fritz Henderson, disse hoje em mensagem postada em seu blog que não espera que as objeções detenham o processo de criação da General Motors Company.
"Esperamos que a venda seja fechada o mais rápido possível depois do fim do processo de apelação no final desta semana e que a nova GM seja operacional e totalmente competitiva", acrescentou.
O otimismo de Henderson é partilhado por muitos analistas, especialmente depois do ocorrido com a Chrysler, que entrou em concordata em junho depois de os juízes desprezarem todas as objeções dos credores.
Em sua decisão, o juiz Gerber aceitou quase todos os pontos e propostas dos advogados da GM e do Departamento do Tesouro, em favor da venda.
O que o magistrado não aceitou em sua decisão foi o pedido da montadora e do Governo americano para que a venda fosse fechada de forma imediata.
Se a venda de ativos for completa na quinta-feira, as autoridades americanas e canadenses entregarão à GMC cerca de US$ 50 bilhões para a compra dos ativos da GM e assegurar a operação da companhia, que estará formada pelas marcas Chevrolet, Cadillac, GMC e Buick.
Em troca de sua contribuição monetária, o Governo americano possuirá os mencionados 60,8% da GMC. As autoridades canadenses, que entrarão com pouco mais de US$ 9 bilhões, controlarão 11,7%.
O resto será repartido entre o UAW, com 17,5%, e os credores da GM, que terão 10%. Estes dois grupos poderão aumentar posteriormente sua participação até 20% e 25%, respectivamente.
O governo americano disse na semana passada que está preparado para abandonar sua participação na GMC em 2010 assim que a companhia fizer uma oferta pública de ações.
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