Unifesp avaliou 2,5 mil motoristas; 16% estavam embriagados.
Mulheres que dirigem estão bebendo mais, aponta levantamento.
O ato de dirigir está mais responsável. É o que revela uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que acaba de ser concluída. O levantamento avaliou o consumo de álcool antes de dirigir, com 2.500 motoristas em São Paulo que fizeram o teste do bafômetro. Do total, 16% não tinham condições de dirigir, o que pode ser considerado um avanço: em 2007, quando a Lei Seca não estava em vigor, a mesma pesquisa revelou que 24% dos motoristas estavam embriagados.
O levantamento também mostra uma mudança de comportamento, entretanto, na contramão do bom senso. As mulheres que dirigem estão bebendo muito mais e isso está acontecendo, principalmente, entre as mais jovens.
Segundo o coordenador da pesquisador, Sérgio Duailibi, os índices de positividade foram maiores em mulheres com idade entre 18 e 25 anos. Duailibi afirma que tal comportamento pode ser um reflexo do padrão de consumo, principalmente entre adolescentes jovens e adultos jovens. Para o pesquisador há certa “competição” com os homens.
Yves Carbinatti bebia frequentemente com os amigos. Até que sofreu um acidente de carro. O colega tinha bebido e dormiu ao volante. Hoje o rapaz de 22 anos passa o fim de semana fazendo fisioterapia. Ele ainda não conseguiu recuperar os movimentos das pernas.
“Antes não tinha muita preocupação assim, ficava sempre querendo me divertir, querendo bagunçar e não tinha consciência. Mas hoje sempre aviso o pessoal, os amigos, minha família: cuidado, não vai dirigir, deixa outro dirigindo. Sempre quando vou junto com a pessoa, vejo quem está em melhor condição para dirigir”, fala Yves sobre o que aprendeu com o acidente.
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