quinta-feira, 30 de abril de 2009

China joga no lixo carros reprovados em inspeção veicular

Veículos que não passaram no teste vão para o ferro-velho.
Autoridades estão preocupadas com o aumento da poluição.

Do G1, com informações da
France Presse

Carro reprovado em inspeção veicular é descartado em ferro-velho de Pequim

Na China agora é assim: carro que for reprovado na inspeção veicular anual vai parar no ferro-velho. Nesta quarta-feira (29), as autoridades de Pequim promoveram um verdadeiro funeral de veículos que não passaram nos testes de poluição.

Um veículo com um braço mecânico gigante fez o trabalho de recolher os automóveis e despeja-los sobre uma montanha de entulho formada por carros usados.

A poluição do ar nas cidades da China atinge níves alarmantes. Uma recente pesquisa realizada em novembro do ano passado em 320 cidades conclui que a média da qualidade do ar em duas das cinco cidades chinesas vão desde "poluído" até "perigoso".

A preocupação é que com o crescimento do mercado de automóveis na China a poluição do ar fique ainda pior.

Foto: AFP

Autoridades de Pequim acompanham 'funeral' de um carro usado.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Um ano sem precedentes

Relembre os modelos que foram lançados mês a mês em 2008

por LUÍS PEREZ

Luís Perez - Pedro Bicudo/DivulgaçãoAinda que soe como algo tardio, retomo na coluna de hoje o tema da retrospectiva 2008. Acho impossível não tocar no fato de que o ano que passou foi sem precedentes em termos de lançamentos na indústria automobilística brasileira. Porque muito se falou a respeito dos recordes de produção e vendas – e muita gente quer saber quando voltará a ser maçante ouvir o presidente da Anfavea (a associação dos fabricantes) anunciar em sua coletiva mensal mais um recorde.

Nosso assunto aqui, no entanto, diz respeito a produto. Como os fabricantes costumam fazer lançamentos-show em lugares dos mais diversos e exóticos, no ano passado foi difícil parar em casa. Neste ano, no entanto, dois dos mais importantes modelos vendidos no Brasil – o Fiat Palio, maior rival do carro mais vendido no país há 22 anos, o Volkswagen Gol, e o Honda Civic, melhor carro produzido no país nos últimos tempos – chegaram às lojas sem grande alarde, sem eventos nababescos. Apenas notas à imprensa. Sinal dos tempos.

O ano passado começou tímido, mas logo engrenou. Janeiro abriu com o Fiat Stilo com pequenas reformulações estéticas e o câmbio automatizado Dualogic, como linha 2008. Logo no mês seguinte, foi a vez de a Chevrolet lançar a versão Elite do Vectra com motor 2.0 – uma opção mais em conta para quem procurava acabamento superior. Por falar em superior, na época desembarcou por aqui o carro mais caro já vendido no país, o Pagani Zonda F, de R$ 4 milhões. Em março o ano começou a engrenar. Foi a vez de a Volkswagen Jetta Variant chegar ao mercado. No mesmo mês, o novo Toyota Corolla propunha fazer o mundo acordar diferente – e o que o consumidor viu foi uma guinada conservadora, para o lado oposto ao do maior rival, o Honda Civic.

Em maio foi a vez dos off-road. A Chevrolet deu um (pequeno) banho de loja em sua veterana picape S10 – e no utilitário esportivo Blazer, que assumiu de vez o caráter de carro de polícia –, enquanto a Fiat atacou com a nova Palio Weekend, com direito a um inovador bloqueio de diferencial na versão Adventure (um algo a mais em relação à perfumaria que encantou consumidores e proliferou no mercado nos últimos quase dez anos).

A Porsche apresentou no mesmo mês o Cayenne GTS, versão mais esportiva de seu utilitário campeão de vendas. Junho manteve a tocada fora-de-estrada e chegou com o Mercedes-Benz ML 350 movido a diesel. Também em maio, no dia 9, em que São Paulo registrou o maior congestionamento de todos os tempos (cerca de 200 quilômetros de lentidão), a Citroën lançou sua minivan Grand C4 Picasso.

Mas na metade do ano foram dois carros de passeio que roubaram a cena: o Peugeot 207 (para alguns, uma mera reestilização do 206) e o novo Volkswagen Gol – este sim o maior lançamento do ano na opinião deste escrevinhador, seja pela importância histórica do modelo, seja pela profundidade da reformulação.

No comecinho do segundo semestre, a Citroën tratou de reestilizar seu compacto premium C3, adotando uma grade frontal semelhante à do C2 europeu. A Dodge lançou o Journey, enquanto a Chevrolet apresentou o mexicano Captiva, outro lançamento importante.

O ritmo continuou frenético em setembro, quando a Chevrolet apresentou a minivan Meriva agora com motor 1.4. Foi nesse evento que o vice-presidente da General Motors do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, afirmou que os jornalistas deveriam se acostumar com a rotina frenética de viagens e compromissos em lançamentos. "É assim mesmo", disse.

Ainda em setembro, adiantando em um ano a chegada do seu novo médio alinhado com o modelo europeu, a Ford lançou o novo Focus, nas versões hatch e Sedan. Por falar em sedãs, ainda em setembro a Fiat voltou ao segmento dos sedãs médios, com o Linea. No final do mesmo mês, a Volkswagen retomou o nome Voyage (versão sedã do Gol). Ainda em setembro, o Renault Sandero ganhou a versão Sportway e entrou no time dos "off-road lights".

Outubro foi mês de salão. A Suzuki voltou ao país, com o jipinho Grand Vitara. A Citroën lançou o C4 Pallas Flex. Manchetes sobre crise econômica começavam a dar as caras aqui e ali. Em novembro mais uma batelada de lançamentos. A Honda lançou o novo Fit, alinhando seu modelo ao resto do mundo, enquanto a Ford apresentou o novo Troller T4 e, logo depois, o EcoSport com motor 2.0 flex. A Audi trouxe o A5, depois de já ter lançado o A4... Peço desculpas ao leitor, pois possivelmente deixei de lado um ou outro lançamento de versão ou motorização. Mas os carrões que mobilizaram o "setor" estão todos aí.

Muitas viagens, correria... Tudo o que você leu acima e muito mais pode ser encontrado nas páginas de Interpress Motor. Poucas vezes quem cobre o setor automobilístico parou quieto. Este ano ainda é uma incógnita. Ao que tudo indica, a efervescência de lançamentos vista em 2008, até então apontada como uma tendência, provavelmente vai demorar um pouco para se repetir.

Mais uma lei que não vai pegar

O que será do projeto que proíbe circulação de moto entre os carros?

por LUÍS PEREZ

Luís Perez - Pedro Bicudo/DivulgaçãoO homem chega com uma sacola ao posto de combustível. Começa a espalhar vários produtos comestíveis – em sua mão, vê-se uma réstia de linguiça. Logo o sujeito é abordado pelo gerente do posto: "O que você está fazendo?", pergunta. "Vendendo alguns produtos", responde, oferecendo-os. Seguem-se alguns diálogos, até o derradeiro: "Mas não pode, é contra a lei", diz o funcionário, ao que o ambulante reage: "Ora, mas também é contra a lei dirigir embriagado ou a mais de 150 km/h na estrada...".

Esse enredo faz parte de um comercial educativo veiculado pela TV argentina, visto por este repórter na última semana, que termina dizendo: "As leis de trânsito são leis. Não são optativas". Pois é. Pelo jeito essa história de leis "que não pegam" não é exclusividade do Brasil. Mas é estarrecedor como aqui as leis acabam desacreditadas pelo "se colar, colou" (vide a história dos capacetes para motociclistas). Explico: os legisladores simplesmente baixam uma norma completamente descolada da realidade e depois é que vão verificar se a sociedade tem ou não condições de cumpri-la.

Exemplo mais recente disso é o projeto de lei da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados que proíbe o tráfego de motocicletas entre as faixas de circulação dos veículos, mesmo nos momentos de ultrapassagem, bem como a circulação entre a calçada e a faixa adjacente.

Se aprovada a proposta do deputado Marcelo Guimarães Filho (PMDB-BA), a infração será considerada média, com multa de R$ 85,13. Vale lembrar que, ao examinar lei semelhante anteriormente, quando da aprovação do Código de Trânsito Brasileiro, o então presidente Fernando Henrique Cardoso vetou justamente esse ponto, o da proibição entre as faixas.

Será que o deputado baiano já esteve em São Paulo? Já teve algum mínimo contato com o enxame de motoboys que circulam pela maior cidade brasileira? Convido-o a uma voltinha pela avenida Rebouças, zona oeste da capital paulista. Que tipo de fiscalização ele pensa que vai autuar os que desrespeitarem essa lei (caso o projeto se transforme em uma)? Ou ele acha que os motociclistas, que não temem perder a vida ao "enfrentar" no trânsito selvagem carros bem maiores, vão se intimidar pela possibilidade de terem suas motos autuadas?

Fotos dos radares da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) mostram o que motoboys desvairados fazem para se livrar de multa: simplesmente cobrem com uma das mãos a placa da moto. De tão ingênuo, o projeto me faz lembrar outra proposta, de um vereador paulistano (desculpe, mas nem me lembro o nome dele), tão bizarra quanto: a proibição de carona na garupa, a fim de evitar assaltos – sim, porque é mais fácil proibir o carona do pobre coitado que sai com a namorada para passear de moto do que oferecer segurança pública à população.

Da mesma forma, é mais fácil proibir a circulação entre veículos do que investir na educação dos motoboys, muitos dos quais hoje pais de família (e tome exemplo), para que eles atuem no trânsito de forma civilizada, o que está longe de acontecer. Quem já tentou mudar de faixa (dando seta, certinho...) em uma avenida de grande circulação de São Paulo sabe exatamente do que estou falando. Mais uma lei que não vai pegar. Triste.

Curiosidades

Maior parte compra preto e prata de olho na revenda


da Redação

A maior parte das pessoas prefere comprar um automóvel nas cores prata e preto "porque são mais fáceis para revender depois". Essa foi a resposta assinalada por 31,31% dos 1.086 leitores que responderam à enquete Interpress Motor na ultima semana. Em segundo lugar ficou a opção "Porque gosto muito dessas cores", com 28,55%, seguida por "Quem disse que prefiro prata ou preto? Sou mais cores berrantes!", com 18,78%.

Fora do pódio estão as alternativas "Dificilmente o vendedor oferece outras opções" (9,67%), "Porque são cores que não chamam a atenção na rua" (7,92%) e "Pouco me importa a cor do carro, pois eu ando dentro dele". As respostas comprovam a teoria de que, em vez de adquirir um veículo na cor que prefere (e assim agradá-lo como consumidor), o brasileiro pensa mais no valor de revenda.

Usados registram em março maior queda do ano

Desvalorização foi de 1,13%, segundo a AutoInforme, que atribui a queda ao IPI

da Redação

O valor dos carros usados registrou a maior queda do ano em março, de acordo com pesquisa da agência AutoInforme em parceria com a Molicar. A perda média foi de 1,13%, para um trimestre que já acumula desvalorização de 1,99%. Segundo a agência, a isenção de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os zero-quilômetro se refletiu no mercado de usados.

No auge da crise econômica mundial, em novembro de 2008, a queda havia sido de 2,1%. Em dezembro houve uma diminuição ainda maior, de 4,8%. Para piorar o mercado de usados, os preços já vêm de uma base baixa, pois no ano passado a mesma pesquisa registrou queda média de 7%. "A queda de preço do carro novo foi que empurrou o preço dos usados para baixo", afirma a AutoInforme.

Por marca, os usados da Ford foram os que mais caíram em março, com queda de 2,12%. Em seguida vieram os carros da Citroën, com queda de 1,84%. Os modelos da Chevrolet registraram diminuição de 1,77%, enquanto os da Renault caíram 1,59%. A única fabricante que fechou o mês no azul foi a Mercedes-Benz, ainda assim com uma marca irrisória, de 0,1%.

Confira a oscilação dos usados por marca

Marca Variação %
Ford -2,12
Citroën -1,84
Chevrolet -1,77
Renault -1,59
Peugeot -1,46
Honda -1,21
Importados -1,2
Audi -1,15
Toyota -0,81
Volkswagen -0,76
Mitsubishi -0,31
Fiat -0,3
Nissan -0,19
Agrale 0
Mercedes-Benz 0,1

Como será o pós-crise

Ano promete marcar uma nova ordem mundial dos fabricantes

por FERNANDO CALMON

Fernando Calmon - foto DivulgaçãoO ano de 2009 começa prometendo uma reviravolta na indústria automobilística mundial. Há cerca de uma década, vários analistas previam um processo de consolidação que levaria à sobrevivência de apenas seis ou sete grandes grupos. A compra da Chrysler pela Daimler-Benz seria o ponto de partida, mas esse movimento não deu certo. Agora volta-se a cogitar de que com menos de 6 milhões de unidades fabricadas por ano marcas generalistas independentes teriam pouca chance de continuar no mercado. Deveriam se fundir com outras para alcançar tal escala produtiva.

No olho do furacão da atual crise financeira e econômica mundial, estão os fabricantes de Detroit. A consolidação mundial passa, obrigatoriamente, pelo destino das três grandes: General Motors, Ford e Chrysler. O debate nos EUA tem sido aberto, amplo, apaixonado e extrapolou as fronteiras do país. O tema é mais complexo que parece. Ainda há dúvidas sobre o peso dos fatores que levaram aos prejuízos acumulados.

Uns acreditam que erros estratégicos, produtos inadequados, distanciamento do mercado, má aplicação dos lucros do passado e presunção são as únicas explicações. Outros apontam altos benefícios sociais voluntários aos empregados, subsídios aos fabricantes orientais e europeus por parte de estados com mão-de-obra barata e obrigatoriamente não-sindicalizada, como fardos insuportáveis.

O que vai acontecer depois dos empréstimos a GM e Chrysler também divide estudiosos e analistas da indústria. Karl Ludvigsen, por exemplo, consagrado jornalista e historiador americano, com passagens por GM, Fiat e Ford, acredita que a Chrysler apresenta mais chance de recuperação do que Ford e GM (na ordem). Outros, como Bill Visnic, do Edmunds AutoObserver, apontam para o desaparecimento depois de vender para concorrentes a marca Jeep e os monovolumes rentáveis.

Rexford Parker, ex-diretor da consultoria Auto Pacific, opina de forma objetiva: "Imagino uma GM menor, apenas com Chevrolet, Cadillac, Buick (só na China), Opel, Holden, além de sua empresa de tecnologia. Assim, bem enxuta, pode continuar e até viver muito bem! Precisaria apenas de 1.500 concessionárias para vender 2,5 milhões de veículos/ano nos EUA (caso da Toyota), em vez de 6.400. Empregando trabalhadores que custariam, incluindo benefícios, na faixa de US$ 45/hora (Toyota e Honda) e não mais US$ 70/hora". Para ele, é razoável esperar que o grupo possa se estabilizar em um rentável terceiro ou quarto lugar no mundo, ao contrário de insistir em manter uma liderança inviável.

De que forma tudo isso se refletiria aqui? A menor das três, a Chrysler (mais Dodge e Jeep), possui presença pequena e apenas importando. A Ford, quarta colocada no ranking brasileiro, defende uma posição aproximadamente alinhada à participação mundial do grupo. Sua capacidade produtiva é menor e administrável.

Já a GM sofre pela superexposição de sua crise nos meios de comunicação e notícias sobre a ameaça de bancarrota. Sua cota de mercado no Brasil é bem maior do que a média mundial e vem sendo atingida nos últimos meses mais do que seus competidores. A recuperação pode depender da saúde financeira da matriz.

Roda Viva

FABRICANTES que trabalham com estoques menores, como Toyota, praticamente limparam os pátios no final de 2008. Quando a fábrica de Indaiatuba (SP) voltar a produzir, na próxima semana, começará no mesmo ritmo de antes da crise, segundo fonte da marca japonesa. A Honda deve seguir pelo mesmo caminho.

PORSCHE, sob fiscalização da Dekra, fez um teste de consumo do 911, em estradas da Alemanha. Dirigido pelo jornalista Klaus Niedzwiedz, rodou 650 km e alcançou cerca de 15 km/l de gasolina, com velocidades entre 90 e 130 km/h. Realmente, um feito. Em concurso entre jornalistas, no autódromo de Fortaleza, o Mille Economy bateu os 27 km/l, sem velocidade média imposta. O 911, de 345 cv, é quase 5,5 vezes mais potente e 600 kg mais pesado...

SINALIZADOR de pontos de radares e pardais, Lince GPS, da empresa brasiliense Robotron, pode ser instalado em celulares HTC e navegadores Mio310/Quatro Rodas. A empresa aceita consultas para outras marcas de navegadores e celulares com GPS. Mais informações no site www.robotron.com.br .

SEGUNDO a Garrett, a combinação de turbocompressor e injeção direta de gasolina diminui o consumo de combustível entre 15% e 20%. O fabricante de turbos espera que as vendas mundiais de carros com esses recursos passem de menos de 3 milhões/ano, hoje, para 9 milhões/ano, em 2013. Triplicaria a demanda na Europa e sextuplicaria nos EUA e China.

FRANCESA Gemalto, que opera no Brasil, acredita que os novos microchips (SIM Card) de tecnologia M2M terão grande aplicação nas plataformas de comunicação de rastreadores. A partir de agosto, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito) obrigará que todos os veículos, até 2010, saiam de fábricas com rastreadores na intenção de diminuir roubos. Caberá ao proprietário contratar ou não o serviço.

Legislando para a plateia

O airbag será obrigatório; mas e os cintos e o sistema ABS nos freios?

por FERNANDO CALMON

Fernando Calmon - foto DivulgaçãoEmbora ainda dependendo de sanção presidencial, a lei aprovada no Congresso Nacional que obriga todos os automóveis de passageiros fabricados ou vendidos no país a ser equipados com airbags duplos como equipamento de série dentro de cinco anos, nada acrescenta. Esta coluna, em junho do ano passado, alertava que a Resolução 221, de 11 de janeiro de 2007, do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), já regulamentava e estabelecia a obrigatoriedade de forma indireta.
A resolução prevê, no artigo 1º, que automóveis e camionetas ou deles derivados, nacionais e importados, devem cumprir requisitos estabelecidos pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) para proteção aos ocupantes, com avaliação de critérios biomecânicos em ensaio de impacto frontal em laboratório. As exigências são mais inteligentes do que a lei recente porque não engessam a solução técnica de responsabilidade do fabricante.

Atualmente só airbags atendem os requisitos da resolução, porém deixa em aberto opções diferentes no futuro, de igual ou maior eficiência. Trata-se de mais um exemplo de legislar para a plateia. As pessoas se impressionam com as bolsas de ar, mas nem imaginam que os cintos de segurança são fundamentais. Sem a ajuda deles, airbags praticamente ficam sem função, em caso de acidente grave, pois funcionam como dispositivo suplementar. Se os nobres deputados e senadores estivessem bem assessorados, tratariam de avançar na modernização dos cintos, antes de apenas alçar airbags a um pedestal acima da realidade.

Um leitor perguntou sobre a possibilidade de usar almofada de amortecimento na parte superior do cinto para proteger ossos dos ombros. É um equívoco comum, pois afrouxar a pressão retira a maior parte de sua proteção. A tecnologia atual introduziu cintos com pré-tensionadores e limitadores de esforço. Mecanismos automáticos eliminam qualquer folga e ainda evitam possíveis ferimentos no atrito entre o corpo e o cinto. Alguns modelos nacionais e vários importados já trazem esse avanço como item de série. Os legisladores desperdiçaram ótima oportunidade de melhorar a segurança passiva (proteção pós-acidente) dos veículos.

Também nada se evoluiu em segurança ativa, aquela que evita ou diminui a possibilidade de um choque ocorrer. Caso dos freios ABS: eliminam o travamento das rodas, permitem o controle direcional e diminuem distâncias de parada em especial no piso molhado ou escorregadio. Recurso técnico às vezes incompreendido, o sistema salva vidas e diminui a gravidade de ferimentos, mas sua eficácia é menos fácil de aferir e valorizar. Não conta com a espetaculosidade de bolsas de ar e seu efeito demonstração. Que além de caras, precisam ser repostas a um preço alto, se inflarem. ABS atua nos momentos de perigo e executa sua função quantas vezes for necessário.

Hoje 76% dos automóveis produzidos no mundo saem de fábrica com freios antitravamento – nos grandes mercados quase 100%. Aqui se limita a 15%. Dispositivos de segurança deveriam receber incentivo fiscal, compensável automaticamente pela diminuição de gastos do país em acidentes de trânsito. Mas ninguém para e pensa. Mesmo quem é pago para isso.

Roda Viva

FINALMENTE saiu o primeiro modelo cujo motor flex dispensa a gasolina para ajudar na primeira partida em dias frios (abaixo de 14ºC). Por enquanto, trata-se de uma série especial do Polo, batizada de E-Flex. Desenvolvido pela Bosch, é robusto e confiável. Confirma informações da coluna de que o custo atrasou o projeto. Pode demorar até todos os carros receberem o sistema.

VENDAS são bem pequenas, mas ainda há espaço no mercado para automóveis de imagem como o Punto T-Jet. Único produzido no Brasil com motor turbo (italiano), de 1,4 litro e 152 cv. Empolga ao acelerar, mas um pouco menos em recuperações. Projeto bastante coerente: suspensão firme, pneus de perfil baixo, bancos com boa sustentação do corpo (forração mista de couro e tecido) e conjunto estético agradável externa e internamente.

QUANTO ao Vectra GT, que recebeu o mesmo pacote visual do sedã recém-retocado, o motor de 2 litros/140 cv (etanol) ainda está distante de demonstrar o desempenho sugerido pela sigla (significa grã-turismo). Cerca de 100 kg mais leve que a versão de três volumes, mostra um pouco mais de fôlego graças ao aumento de potência em relação ao motor anterior.

BMW oferece agora nos EUA um serviço de aviso automático por GPS em caso de acidente com os seus modelos, semelhante ao On Star da GM, que foi pioneiro. A novidade é um algoritmo capaz de calcular a severidade do choque. Assim, ao ser acionada, a equipe de socorro segue para o local já informada sobre o provável estado dos feridos a bordo, o que ajuda no atendimento às vítimas.

CORREÇÃO: o atual executivo do Contran, Alfredo Peres da Silva, assumiu o carro em novembro de 2005. Assim, em pouco mais de três anos, tirou o conselho da letargia de antes. No período, assinou cerca de 120 resoluções.

Por que reduzir IPI no Brasil funciona

Quadro mundial confirma a tendência de desaparecimento de marcas

por FERNANDO CALMON

Fernando Calmon - foto DivulgaçãoO jogo de cena acabou. A prorrogação, até 30 de junho, do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) reduzido para automóveis, picapes e caminhões foi anunciada na véspera do prazo fatal, mas de fato já estava decidida havia muito tempo. Isso permitiu manter o mercado aquecido e diminuir os estoques para um nível em que se torna possível administrá-lo com menos ameaças aos empregos da cadeia automobilística. Também garantiu o mote das campanhas publicitárias – "Compre antes do aumento". Qualquer cliente é sensível a esse apelo.

Na realidade, como medida emergencial, a redução de impostos foi um poderoso recurso de sustentação de vendas também em períodos difíceis anteriores. No caso do Brasil e sua altíssima carga fiscal sobre os veículos, funciona bem melhor do que em outros países. De certa forma, a perda de arrecadação é aparente, compensada pelo aumento de vendas que seriam perdidas irremediavelmente. A contabilidade da Anfavea aponta que houve receita extra, nos três níveis de governo, de R$ 500 milhões em três meses, ao se concluir o balanço entre o cenário ruim previsto e o cenário remediado atual.

O trimestre que se inicia será importante para avaliar o comportamento dos consumidores. Alguns analistas temem que tenha acontecido uma substancial antecipação de compras e haveria agora forte acomodação. Mas também é verdadeiro que as condições de financiamento melhoraram bastante. Além disso, a indústria sustentou descontos generosos porque vários insumos e componentes caíram muito de preço nos últimos meses. Provavelmente mais do que contrabalançou a perda de escala de produção com o desabamento das exportações.

De qualquer modo ainda somos felizes perto do que a indústria sofre no exterior. O governo americano exigiu a saída do presidente da GM, Richard Wagoner, para continuar a operação de socorro. Curioso que nenhum executivo financeiro – setor causador da crise – teve o mesmo destino, apesar da ajuda aos fabricantes ser apenas uma fração mínima do total. Dois pesos, duas medidas.

O sucessor Fritz Henderson, braço direito de Wagoner, pode mudar o ritmo e apressar o encolhimento da GM. Porém, se os americanos não voltarem a comprar carros – de qualquer tipo ou marca –, a situação não se resolve, pois o mercado desmoronou mais de 40% em seis meses. A Chrysler continua achando que a aliança com a Fiat é a solução. Nenhuma das duas empresas tem capital para tanto. O prazo de tratativas (30 dias) imposto pelo governo dos EUA assemelha-se mais com punição do que apoio.

Momentos de desespero mostram a intenção de caçar culpados. No início da crise, a Toyota substituiu o presidente Katsuaki Watanabe por um executivo mais jovem da família controladora, quebrando a tradicional seniorcracia japonesa. Nesta semana o principal executivo da PSA Peugeot Citroën, Christian Streiff, foi imolado em nome da crise e em meio a boatos, logo desmentidos, de possível fusão com a Renault.

Se já havia previsões de desaparecimento de marcas ou anexação por grandes grupos, o quadro atual, embora incerto, confirma a tendência. Reflexos no mercado brasileiro serão inevitáveis. Como e quando ninguém tem segurança para responder.

Roda Viva

ADESÃO baixa ao programa governamental de etiquetagem veicular que informará consumo de combustível individual e comparativo (em categorias) dos carros à venda no Brasil. Processo iniciado agora em abril pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) é voluntário. Já dá para apontar as marcas que mais respeitam o consumidor. Em ordem alfabética: Chevrolet, Fiat, Honda, Kia e Volkswagen.

SURPRESA foi a Ford fora da primeira lista por seu longo histórico no mercado. Sonegam as informações de consumo, um direito do consumidor, entre as que têm fábrica aqui: Citroën, Mercedes-Benz, Mitsubishi, Nissan, Peugeot, Renault e Toyota. Além de todas as outras marcas de importados, dos básicos chineses aos premiuns alemães. Triste realidade.

PREOCUPAÇÃO em deixar seus carros alinhados com o exterior tem rendido resultados à Honda. Civic 2009 é um exemplo. Retoques de estilo, mais equipamentos e mesma sensação boa ao guiar com destaques à suspensão firme e ao motor na medida exata. Agora há estabilizador automático de velocidade de série, mas continua em falta computador de bordo.

VOLKSWAGEN aproveitou a exposição Ecogerma para proporcionar aos jornalistas uma volta no Tiguan elétrico alimentado por pilha a hidrogênio. É lento, como se espera. Fora a caixa de baterias por baixo do assoalho do porta-malas, a aparência externa não muda. O futuro aponta nessa direção, mas há vários obstáculos como preço e rede de abastecimento.

NOVO presidente da Audi do Brasil, Paulo Kakinoff terá desafios para reerguer a marca. Tarefa inicial é motivar as concessionárias e isso ele sabe como poucos. Missão será facilitada pelo audacioso plano de 12 modelos inéditos da até 2014. A empresa alemã completa 100 anos em junho com investimentos vultosos por parte do grupo Porsche Volkswagen.

Os mandos e os desmandos do Contran

Exuberância legislativa do órgão produziu erros bisonhos

por FERNANDO CALMON

Fernando Calmon - foto DivulgaçãoA exuberância legislativa da atual direção do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) tem prós e contras. Alfredo Peres da Silva, nomeado diretor do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), em 2005, e depois acumulando a presidência do Contran, coordenou nada menos de 160 resoluções em cinco anos, sem contar deliberações e portarias. As resoluções, com força de lei, em sua maioria mostraram consistência e pontos polêmicos não foram deixados de lado.

Houve muitos interesses contrariados, apesar das pressões. Porém nem tudo correu exatamente como esperado. Extintores de incêndio, engates de reboques, quebra-matos e películas escurecedoras são exemplos de temas que deveriam receber outro tratamento. Melhor se fossem banidos do que regulamentados. Também ocorreram erros bisonhos. Um deles, estabelecer o tamanho das placas traseiras que não cabiam em alguns modelos.

Entre os vários acertos podem ser apontados, a obrigatoriedade de indicação dos radares nas vias, além do estudo técnico dos locais de instalação; o manual brasileiro de sinalização de trânsito; a autorização do uso de navegadores GPS; a regulamentação de alterações técnicas nos carros (suspensões, rodas, faróis de xenônio) e de vagas para portadores de deficiência e idosos; o relatório de avarias para a classificação dos danos em acidentes.

Publicada em 22 de dezembro último, a resolução 299 é positiva. Dispõe sobre a padronização dos procedimentos para apresentação de defesa de autuação e recurso contra multas. Ao entrar em vigor em 30 de junho próximo, dará mais segurança a quem desejar recorrer.

A resolução 282 passou a exigir a verificação, no momento de transferência de propriedade, da compatibilidade entre números do chassi e do motor. A intenção é boa: combater o comércio de veículos e peças irregulares. No entanto, a portaria 131, de 24/12/2008, exige a inspeção apenas nos Detrans ou locais autorizados. Traz desconforto aos motoristas que antes executavam esses serviços em oficinas, concessionárias ou domicílio.

Por outro lado, o Contran sofreu reveses por puro voluntarismo. A Justiça mandou revogar, em dezembro passado, a resolução 276 que obrigava o recadastramento das carteiras de motoristas sem foto, além de impor a punição esdrúxula de um novo processo de habilitação, caso se perdesse o prazo do exame médico. Duas ilegalidades flagrantes.

Agora, outra confusão à vista. O procurador da República Márcio Araújo recomendou ao Contran anular a resolução 245 que tornou obrigatório, a partir de agosto próximo, a instalação de sistema de rastreamento em todos os veículos novos. O dispositivo terá seu custo, sem dúvida, repassado ao preço do carro, o que já é ruim. Cabe ao motorista habilitar a função. Se não o fizer, nunca será rastreado. Mas o procurador alega que as seguradoras vão induzir à habilitação.

Assim, em poucos anos, milhões de motoristas podem ser bisbilhotados contra a vontade, caso os bancos de dados sofram violação. Trata-se de mais um crime em potencial, como grampo em telefones, que talvez se deva evitar na raiz.

Com a Justiça, a palavra final sobre vantagens e desvantagens.

Roda Viva

FABRICANTES trabalham nos bastidores pela continuidade do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) baixo além de 31 de março, como a coluna antecipou. Uma proposta é prorrogar por mais um trimestre. Outra preconiza o aumento de um ponto percentual por mês, o que levaria o incentivo a ser extinto paulatinamente até outubro. Esta última parece melhor, ao administrar a demanda ao longo do tempo.

PELO menos em São Paulo, o crédito de R$ 4 bilhões do banco estadual Nossa Caixa (vendido ao Banco do Brasil), anunciado no ano passado, está aos poucos beneficiando também o financiamento de carros usados. Esse recurso estava meio travado. Agora dará suporte à recuperação desse importante segmento, sem o qual o mercado de novos não se estabiliza.

ENTRE os incentivos da nova lei dos consórcios está a possibilidade do desistente receber o que já pagou sem precisar esperar o final do grupo. Mas precisará entrar em um sorteio mensal para recuperar seu dinheiro. Se for um consorciado do tipo sem sorte, ficará mesmo para o fim. Alguns desconhecem esse detalhe. É bom saber antes de se inscrever.

OUTRO pormenor, pouco explicado pelos defensores do consórcio, é que o sistema está livre de juros, porém não do aumento das prestações: basta o veículo sofrer alteração no preço sugerido. Ao longo dos anos, pode subir até mais do que a inflação. Afinal haverá exigências crescentes das legislações de segurança e ambiental e os custos serão repassados aos preços.

FÁBRICA de Catalão (GO), do Grupo Souza Ramos, vai produzir três novos modelos da Mitsubishi, inclusive para exportação. Um deles, finalmente, será um automóvel. Lancer sedã é forte candidato. Os outros devem permanecer na especialidade da casa: Pajero Full e Outlander. A empresa brasileira ainda não confirmou os modelos escolhidos, o que promete para breve.

Como a crise nos EUA afeta o Brasil

A divisão entre GM boa e ruim e o casamento Fiat-Chrysler

por FERNANDO CALMON

Fernando Calmon - foto DivulgaçãoQue a crise econômico-financeira mundial atingiu o Brasil de forma dura não existe mais dúvida. De certo modo sofremos menos intensamente do que outros países, mas ainda preocupa. A indústria automobilística reagiu bem até o momento pela combinação de renúncia fiscal provisória por parte do governo, capacidade de reação e adaptação do setor, recuperação do crédito (mais caro) e, acima de tudo, a vontade do brasileiro de comprar ou de trocar de carro. A mesma sorte, por exemplo, não teve o ramo de motocicletas.

Mas o que ocorre lá fora na área automotiva também vai repercutir aqui. É o caso da GM que terá seu destino selado dentro de seis semanas. Ocorre que o combalido gigante americano não cabe dentro do abismo e por isso mesmo não deve falir. Chega a causar espanto notícias que confundem falência com recuperação judicial, jeito elegante para a velha e conhecida concordata, termo também em desuso por aqui. São capítulos diferentes da legislação de lá.

A solução clássica, dessa vez patrocinada pelo governo americano, é a divisão em duas GMs: a nova (e boa) e a antiga (e ruim). A cisão pode ser feita ou não nos tribunais. A GM boa ficaria apenas com as marcas Chevrolet e Cadillac. Desapareceriam as demais ou talvez vendidas ainda não se sabe para quem, nem quando. O governo já emprestou US$ 13 bilhões e deve colocar mais US$ 20 bilhões. É muito dinheiro? Depende. Em 1998 a alemã Daimler-Benz pagou US$ 36 bilhões pela Chrysler e a revendeu em 2007 por US$ 650 milhões (mais as dívidas) para a empresa de capitalização Cerberus, atual dona.

Entre as dúvidas, paira a situação da subsidiária alemã da GM, a Opel. É difícil sua sobrevivência por possuir fábricas demais na Europa e produtos de menos. E isso tem a ver com o Brasil pois todos os automóveis Chevrolet utilizam arquiteturas Opel, do Celta ao Vectra. No entanto, a engenharia em São Caetano do Sul (SP) está muito desenvolvida e seria fácil criar a partir das plataformas da sul-coreana Daewoo de propriedade total da GM. A marca Chevrolet perdeu dois pontos percentuais de participação no mercado brasileiro em seis meses. Os atuais 19% são até motivo de surpresa em função do bombardeio de notícias negativas vindas da matriz.

Outro caso é a discutível união Chrysler-Fiat. Se realmente se efetivar, em duas semanas, nada garante que vai dar certo. A complementaridade de produtos importa, mas não é tudo. A fabricante dos Mercedes-Benz também tinha modelos que não concorriam com Dodge, Chrysler ou Jeep e deu no que deu, mesmo com orçamentos generosos.

Hoje nem a empresa americana nem a italiana está capitalizada. Mesmo a exportação de carros europeus para os EUA exige tempo e dinheiro, além da recuperação da imagem da marca de Torino aos olhos dos compradores norte-americanos. Adaptar linhas de produção nos EUA com a rapidez exigida é outra encrenca. Pelos menos os dois chefes, Nardelli e Marchione, têm sobrenome italiano...

Na teoria, esse segundo casamento da Chrysler poderia significar repercussões de peso no Brasil. Seria especialmente positivo para a Fiat, se não houver incompatibilidade de gênios e os dotes financeiros de cada um forem suficientes.

Roda Viva

MITSUBISHI oferecerá até meados do ano o primeiro motor V6 flexível etanol-gasolina do mercado nacional, conforme antecipado pela coluna. O motor é japonês, mas o desenvolvimento feito no Brasil com a ajuda da Magneti Marelli. De início equipará os utilitários esportivos Pajero. Um ou dois meses depois também estará disponível na picape L200 Triton.

AINDA se mantém como segredo, mas se espera para breve o anúncio de que pesquisadores brasileiros estão perto de conseguir obter combustível diesel a partir da cana-de-açúcar pela primeira vez no mundo. Até agora apenas etanol sai das torres de destilação. Não existem pormenores sobre preço, métodos de produção e tempo restante para o desenvolvimento.

MESMO confiante de que o Mini terá público certo no Brasil, a BMW, dona da marca inglesa, planeja uma entrada prudente no mercado. Espera vender, até o final do ano, 600 unidades das versões Cooper, Cooper S (hatches) e Clubman (station) com preços entre R$ 92 mil e R$ 129 mil. Terá uma concessionária em São Paulo e outra em Curitiba. O carro já teve motor brasileiro (Tritec, hoje de propriedade Fiat).

LEITOR Leon Cavour, além de concordar com a coluna sobre os erros da inspeção ambiental em São Paulo, achou muito cara a taxa de R$ 52,73. Ele pesquisou o site da Controlauto em Portugal e a empresa cobra, pela inspeção completa, inclusive de segurança 27 euros (cerca de R$ 80). Além disso, a inspeção começa no quarto ano após o primeiro licenciamento.

APESAR de ainda precisar tramitar até a aprovação final, é boa a proposta do deputado federal Celso Russomano (PP-SP) obrigando aulas de direção à noite para alunos de auto-escolas. Também há proposta para aulas em estradas. Se tudo for aprovado, a segurança do trânsito só tem a ganhar. E muito.

Segurança tem seu preço

Desafios ambientais e de segurança encarecerão veículos

por FERNANDO CALMON

Fernando Calmon - foto DivulgaçãoNão bastassem todos os problemas da crise econômica internacional, a indústria automobilística mundial deve enfrentar novos desafios na área ambiental e na de segurança veicular com reflexos inevitáveis no preço sugerido ao consumidor. Focando especificamente no segundo tema, um dos grandes complicadores é a falta de critério unificado entre órgãos de segurança dos EUA (NHTSA) e da União Europeia (EuroNCAP) quanto aos testes de choque contra barreiras em laboratório.

As velocidades são diferentes, as barreiras idem e até os métodos (100% frontal ou em planos deslocados). Em geral um automóvel com classificação máxima (cinco estrelas) no EuroNCAP não vai tão bem no NHTSA e vice-versa. Fabricantes que vendem seus produtos nos dois lados do Atlântico acabam prejudicados na classificação máxima ou têm de encarecê-los com modificações às vezes complexas.

O processo de homologação nos EUA, chamado de federalização, é lento e demora até 24 meses. Carros pequenos podem exigir modificações, o que dá uma ideia dos obstáculos a superar pela Fiat para conseguir vender seu modelo subcompacto 500, após o acordo com a Chrysler.

Existe outra entidade americana (IIHS), ligada às seguradoras, que conquistou influência política e faz seus próprios testes. Recentemente divulgou resultados de colisões em laboratórios, a 64 km/h, entre carros pequenos e grandes de uma mesma marca: smart x Mercedes Classe C; Honda Fit x Accord; Toyota Yaris x Camry. Claro que aqueles de menor porte sofreram mais, além dos dummies (bonecos) indicarem ferimentos graves. O NHTSA argumenta que esse tipo de acidente corresponde a apenas 1% do total. Mas as empresas se prepararam para cobrar mais pelo seguro dos subcompactos.

Também não há regulamentação mundial para o apoio de cabeça central no banco traseiro. Fica a critério de cada fabricante, pois é rara a circulação com cinco passageiros e o terceiro apoio prejudica a visibilidade pelo retrovisor interno. Além disso, em geral crianças ou pessoas de baixa estatura são escolhidas para sentar no meio, posição onde o apoio fica sem função. Nem o cinto de segurança central de três pontos – mais útil que o terceiro encosto – é obrigatório. A instalação dessa peça, assim, acaba excluindo modelos mais baratos, do Tata Nano (nenhum apoio atrás) ao Fiat Mille (opção para dois). No Fiat 500 (sete airbags de série) os dois únicos encostos traseiros são opcionais, na versão básica.

O problema de encarecer os automóveis vai se complicar daqui para frente. O Brasil acaba de exigir freios ABS e airbags na totalidade dos modelos, escalonadamente, até 2014. São itens importantes, sem dúvida, porém não se considerou a relação custo-benefício de outros dispositivos singelos para a segurança ativa (evita acidentes). Aqui ainda não são obrigatórias, por exemplo, repetidoras laterais das luzes direcionais e lanterna traseira de nevoeiro. Ambas muito úteis, de baixo custo e têm a ver com o dia-a-dia do trânsito.

Todas essas escolhas precisam ser bem ponderadas. Cada item adicional se traduz em aumento de preço, mesmo camuflado na mudança de ano-modelo ou em correções de origem inflacionária.

Roda Viva

PRÓXIMO ano será agitado em termos de novidades para a Peugeot. Da Argentina virão o multivan Partner e seu irmão Citroën Berlingo reestilizados, já no primeiro semestre. No final de 2010 chega o novo 308. Dessa vez a empresa francesa manteve o projeto original à venda na Europa. Nada de versão intermediária, como o 206 e meio, batizado de 207.

DENATRAN finalmente conseguiu ver descontingenciado o total das verbas, ao menos neste ano, para campanhas do Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito. O Projeto Viva o Trânsito, por exemplo, atenderá quase 60 mil escolas do ensino fundamental de todo o país. Orientar a juventude é fundamental a fim de poupar vidas no futuro.

CÂMBIO manual garante vivacidade ao Citroën C4 hatch, de 2 litros, 151/143 cv. Oferece menos conforto em relação ao automático, cujas hesitações ao pisar fundo ("kick down") incomodam, mas tem preço e menor consumo a favor. Modelo argentino marca presença, é bem equipado pelo valor pedido, tem painel moderno e bom espaço interno. Ponto fraco: raspa em lombadas.

FIM de linha antes do previsto para a Pontiac, corte adicional de concessionárias e de fábricas fazem parte do pacote com que a GM tenta evitar o pedido de concordata nos EUA, até o dia 30 de maio. Fritz Henderson, presidente, afirma que a estratégia é se preparar para ser rentável e não só sobreviver. Saab, Saturn e Hummer: marcas também a descartar.

MILLE é o novo recordista nacional de longevidade – num momento que talvez não mereça comemoração. Em 2009 completa 25 anos, superando o Opala que pouco se modificou em 24 anos. Fora o Fusca, fenômeno à parte, o Gol é mais antigo (29 anos), mas mudou bem em 1994 e no modelo atual só ficou o nome. Mille ainda sobrevive até 2011, pelo menos.

Hackers invadem site oficial de Barrichello

Hackers trocam site de Barrichello por charge

Hackers trocam site de Barrichello por charge

Um grupo de hackers invadiu hoje o site oficial do piloto Rubens Barrichello, pouco após o término do Grande Prêmio do Bahrein. Os piratas da internet trocaram a página por uma charge em que o brasileiro é satirizado como se fosse uma tartaruga.

No irônico desenho, os hackers lembraram o tempo em que Barrichello era piloto da Ferrari, ainda que hoje ele componha com Jenson Button a dupla da Brawn. Os responsáveis pelo site do brasileiro tiraram a página do ar para que efetuassem a retirada da charge.

Barrichello não fez uma boa prova nessa manhã, no Bahrein, em que precisou fazer três paradas. O piloto largou na sexta posição do grid e terminou o GP na quinta colocação.

Tire dúvidas sobre o sistema de escapamento do carro

O ideal é examinar o equipamento a cada três meses.
Veja dicas para garantir vida longa para o escapamento.

Ricardo Lopes da Fonseca
Especial para o G1

Foto: DFTV/Reprodução
Foto: DFTV/Reprodução

Escapamento danificado

Se existe um item na manutenção do automóvel que a maior parte dos motoristas não dá a mínima atenção, o escapamento é, sem dúvida alguma, o sistema que mais passa despercebido. Ou melhor, só é lembrado quando começa a incomodar, com batidas inconvenientes na parte debaixo do carro ou, então, quando está caindo aos pedaços e fica com aquele barulhão infernal.

O escapamento do carro tem como função principal a eliminação de gases, que são gerados após a queima nos cilindros. Ou seja, a finalidade básica é essa, conduzir os gases resultantes, devidamente filtrados para amenizar a poluição. Mas esse equipamento também tem a tarefa de proporcionar conforto, ao deixar o barulho do motor no nível de ruído determinado pela legislação vigente. Além, é claro, de evitar que os gases tóxicos invadam o interior do automóvel.

O sistema de escapamento deve ser examinado a cada três meses ou 20 mil quilômetros. Nessas inspeções, os fixadores e abraçadeiras são os principais componentes a serem avaliados. No caso de uso em estradas esburacadas, trechos irregulares ou mesmo se o carro sofreu algum impacto na parte inferior, esses itens devem ser verificados. Lembre-se também de lavar a parte de baixo do veículo de tempos em tempos. Na lavagem é importante utilizar somente água e sabão neutro, para não ressecar as borrachas de sustentação.

Um fator que contribui para o rápido desgaste do escapamento é a má qualidade do combustível, principalmente a adulteração. A peça que mais sofre é o catalisador, que tem sua vida útil reduzida drasticamente. Para se ter uma ideia da involução dos combustíveis, 30 anos atrás o sistema de escapamento de um automóvel durava de 4 a 5 anos, quando a gasolina era mais pura e com menor concentração de álcool. Nos modelos atuais, chega a no máximo 3 anos. Em parte, isso só em função da qualidade do combustível.

Certos componentes são feitos com chapa de aço inoxidável, como o catalisador, por exemplo. Outras partes do sistema são produzidas em aço galvanizado. Vale destacar, que ao contrário do que muitos sugerem, não há conserto para os componentes desse sistema. Qualquer dano deve ser resolvido apenas com a substituição. Isso faz parte mesmo, não tem como fugir.

Com o tempo de uso é natural que o sistema se deteriore, principalmente por causa da oxidação que pode ocorrer em razão da combustão interna do motor, que elimina água. As partes comprometidas devem de ser substituídas. É bom saber que os cuidados com o escapamento contribuem para o bom rendimento e consumo do motor, além de manter o nível de ruído de acordo com a regulamentação.

As peças do escapamento

O sistema de escapamento é composto pelas seguintes peças:

- Coletor de escape

Essa peça fica acoplada ao motor e é formada por um conjunto de tubos de ferro fundido. Sua finalidade é coletar os gases resultantes da queima de combustível e encaminhá-los para o tubo de descarga primário, conhecido também por silencioso.

- Tubos de escape
Fazem a ligação entre os demais componentes do sistema.

- Silencioso ou silenciador
Câmara dotada de várias divisões internas por onde passam os gases. Ao passar por esse percurso, as ondas sonoras do ruído perdem pressão e esse processo resulta na redução do barulho gerado pelo funcionamento do motor. Em sua composição também podem estar a lã de vidro ou o basalto.

- Catalisador
É um dispositivo instalado na saída do coletor de escape ou entre o coletor e o silencioso. Sua função é transformar substâncias poluentes, por meio de seus elementos internos de cerâmica, em gases menos nocivos à atmosfera. Ou seja, purificar os gases poluentes com reações químicas.

- Abafador
É o silenciador auxiliar, encarregado de absorver os ruídos mais agudos. Em sua composição também podem estar a lã de vidro e o basalto. Essa peça conta com tubos repletos de pequenos furos e envolve o corpo do escape. No sistema conhecido como refletivo, não existe a presença de lã de vidro. Esse sistema conta com três divisões no seu interior, que configuram uma espécie de labirinto formado por defletores. Ao jogar os gases de uma divisão para outra, o nível de ruído e também as vibrações diminuem por causa do choque das ondas sonoras nas paredes internas do abafador. Trabalha em outra frequência, diferente do silenciador. Geralmente é o ultimo elemento sistema de escapamento no automóvel.

Dicas de manuteção

Para garantir que o sistema de escapamento de carro estará sempre com sua máxima eficácia, alguns cuidados devem ser observados:

- Sempre que possível, verifique os fixadores e abraçadeiras;

- Faça inspeções a cada 3 meses;

- Faça a revisão completa a cada seis meses ou a cada 20 mil quilômetros;

- Se alguma peça do sistema apresentar defeito, estiver corroída ou com falhas, o único conserto é a troca;

- Cuidado ao passar por lombadas ou obstáculos elevados, pontiagudos ou soltos na estrada, como por exemplo um galho de árvore, pois o escapamento pode ser atingido e ficar danificado;

- Evite fazer o carro pegar no tranco. Essa prática pode deixar a gasolina que não foi queimada escorrer pelo sistema de escapamento e isso pode danificá-lo.

Outras dicas

O catalisador é um componente que funciona em altíssimas temperaturas, como algo em torno de 700º Celsius. Sabendo disso, quando for estacionar o veículo evite parar sobre grama, folhas secas, papel ou mesmo lixo da rua. Esses materiais são inflamáveis e facilmente pode-se causar um princípio de incêndio.

Fique atento

O CTB (Código de Trânsito Brasileiro) define penalidades ao motorista que transitar com o escapamento do carro irregular, soltando fumaça ou gases fora da regulamentação estabelecida. Essa prática é enquadrada em infração grave, que resulta na perda de 5 pontos na Carteira de Habilitação, pagamento de multa e retenção do veículo até que o problema seja resolvido.

Barrichello e Lauda vão para o espaço



Carsale - O piloto brasileiro de Fórmula 1, Rubens Barrichello, e o tricampeão mundial da categoria, Niki Lauda, vão para o espaço. Literalmente. Ambos aderiram ao programa espacial da Virgin, patrocinadora da equipe de Rubinho, a Brawn GP. Para embarcar nessa viagem, Barrichello desembolsou US$ 200 mil (cerca de R$ 437 mil). Lauda, por sua vez, quer ir mais longe e pretende pilotar a nave.

Embora exista uma grande diferença entre conduzir um monoposto da F1 e uma nave espacial, Lauda já possui uma experiência significativa em outros tipos de pilotagem. Desde 1970, o austríaco é proprietário de alguns aviões comerciais e, por muitos anos, foi piloto profissional.

O programa Virgin Galactics, do multimilionário Richard Branson, prevê a construção de um ônibus espacial para sete pessoas (seis tripulantes e um piloto) e seria lançado em órbita de um avião. Segundo Branson, o ônibus fica pronto até o fim de 2009 e passará por um período de testes de 18 meses.

Ayrton Senna - O "mago" morreu há 15 anos

Perfeccionista, metódico, determinado, persistente e individualista - estes eram alguns dos traços do carácter do brasileiro Ayrton Senna, um dos melhores pilotos da história da Fórmula 1 e um verdadeiro mago sob chuva ou em qualificação.

Conhecido como Beco em família, Harry durante o seu percurso nas categorias de promoção na Grã-Bretanha, ou simplesmente Mágico no “Grande Circo” da Fórmula 1, Ayrton Senna da Silva nasceu em Santana, no estado de São Paulo, em 21 de Março de 1960 e morreu em Imola, Itália, a 01 de Maio de 1994, aos 34 anos.

Faz sexta-feira 15 anos, uma falha mecânica - a ruptura da coluna da direcção - lançou o Williams-Renault de Senna contra um muro de betão na curva Tamburello do Autódromo Enzo e Dino Ferrari, na sétima volta do Grande Prémio de São Marino, terceira prova do Campeonato do Mundo.

Senna, campeão do Mundo em 1988, 1990 e 1991, rolava a cerca de 310 km/h e a colisão violenta foi inevitável. Com graves lesões cerebrais, provocadas pela perfuração do crânio por um tirante da suspensão, acabaria por ser declarado morto pouco depois de dar entrada no hospital Maggiore, em Bolonha.

Este foi um dos fins-de-semana mais trágicos da história de Fórmula 1: cerca de 25 horas antes tinha morrido o austríaco Roland Ratzenberger, que aos 31 anos disputava o seu terceiro Grande Prémio, quando o seu Simtek-Ford embateu a 315 km/h contra um muro de betão na curva Villeneuve, após perder uma parte da asa dianteira.

Sexta-feira, na primeira sessão de qualificação, o Jordan-Hart de Rubens Barrichello descolou na Variante Baixa, a cerca de 200 km/h, embateu nas redes de protecção e capotou três vezes, deixando o piloto brasileiro inconsciente e impedido de alinhar na corrida, devido aos ferimentos sofridos, entre os quais uma fractura no nariz.

Mas a corrida também começou mal, pois na largada o português Pedro Lamy não conseguiu evitar que o seu Lotus-Mugen Honda embatesse violentamente na traseira do Benetton-Ford do finlandês J.J. Lehto, que ficara parado, e a colisão lançou uma roda para as bancadas, o que provosou ferimentos em quatro pessoas.

Este acidente ditou a entrada em pista do “safety car”, que controlou o ritmo do pelotão até à sexta volta, pelo que Senna realizava a sua primeira volta lançada quando se despistou.

Mais tarde, perto do final da corrida, o drama voltou a acontecer, mas desta vez nas “boxes”: depois de reabastecer e trocar de pneus, o italiano Michelle Alboreto preparava-se para regressar à pista, quando se soltou uma roda do seu Minardi-Ford, num incidente de que resultaram ferimentos em três mecânicos da Ferrari e num da Lotus.

O dramático Grande Prémio de São Marino de 1994 marcou uma viragem histórica na Fórmula 1, pois não só obrigou a Federação Internacional do Automóvel (FIA) a alterar de forma radical as regras de segurança, como acabou por ser o momento da sucessão entre Ayrton Senna e Michael Schumacher.

Se acabava de perder o único campeão mundial do plantel, a Fórmula 1 assistia ao início da glória do mais titulado piloto de sempre: o alemão, então na Benetton-Ford, alcançou em Imola a terceira das duas quatro vitórias consecutivas na abertura da época, lançando-se em definitivo para a conquista do primeiro dos seus sete Mundiais.

Já no final da carreira, Schumacher, que então foi muito criticado por ter celebrado no pódio o triunfo em Imola, ainda foi a tempo de retirar a Senna o seu mais emblemático recorde, ao totalizar 68 “pole positions” contra as 65 do brasileiro, que assim é segundo nesta estatística.

No entanto, 15 anos após a sua morte, Senna, que disputou 162 Grandes Prémios desde a sua estreia na Fórmula 1, em 1984 com um Toleman-Hart, ainda tem vários registos notáveis: é o terceiro piloto com mais vitórias (41), pódios (80) e pontos (614), sempre atrás de Schumacher e do francês Alain Prost.

Em 01 de Maio de 1994, o “mágico” da chuva, que alcançou a sua primeira vitória na Fórmula 1 no Grande Prémio de Portugal de 1985, num autódromo do Estoril completamente alagado, deixou Schumacher sem adversário à altura: “O Rei morreu, viva o Rei”.

(Texto de Emídio Simões, da Agência Lusa)

Salão de Paris 2008 apresenta suas novidades

Interpress Motor está "in loco"na exposição, que recebe 1,5 milhão de visitantes

por LUÍS PEREZ, enviado especial a Paris

A cidade-luz já deu a largada para a maior exposição automobilística do mundo, em número de visitantes. A razão é muito simples. Além de ser uma mostra tradicionalíssima, o Mondial de L’Automobile – ou Salão de Paris, como designaremos doravante –, ela acontece na mais bela cidade do mundo.


Salão de Paris - 4 a 19 de outubro de 2008

Com 1.431.883 visitantes em 2006 (a exposição é bienal), o salão supera congêneres tradicionais, como Tóquio 2007 (1.425.800) e Frankfurt 2007 (971.500). De 4 a 19 de outubro, serão exibidos nos oito halls do centro de exposições do Porte de Versailles, na capital francesa, produtos de mais de 300 expositores de 23 países.

O site Interpress Motor, parceiro do UOL e do jornal "Destak" (primeiro jornal gratuito do Brasil, com 150 mil exemplares em São Paulo e 80 mil no Rio), já está em Paris e traz a cobertura completa do evento. É um dos poucos veículos brasileiros a comparecer de forma independente (ou seja, não estaremos a convite desse ou daquele fabricante) à exposição.

Salão de Paris 2006 - foto Divulgação

Salão de Paris 2006 - foto Divulgação
No alto, o público do salão de 2006; acima, a pista off-road

O Salão de Paris estará aberto ao público de 4 a 19 de outubro. Os dias 2 e 3 são reservados à imprensa. São aguardados no evento 11 mil jornalistas de todo o mundo. De olho nessa imensa vitrine, algumas marcas já começaram a anunciar novidades.

É o caso, por exemplo, do novo Ford Ka europeu (que não deve ser feito no Brasil). Fabricado na Polônia, o modelo que estará no próximo filme de James Bond compartilha a plataforma com o Fiat 500. Também será exibida pela primeira vez a terceira geração do Renault Mégane, que por enquanto chega apenas na versão hatchback de quatro portas.

Ford Ka - foto Divulgação

Chevrolet Orlando - foto Divulgação

Citroën C3 Picasso - foto Divulgação
Ka europeu (alto), Orlando (meio) e C3 Picasso, algumas atrações

Novo monovolume da Kia, o Soul também será exibido em Paris com duas motorizações – diesel e gasolina –, ambas 1.6 de 126 cv (cavalos). A preocupação com o meio ambiente terá como um dos representantes ilustres o Honda Insight, híbrido-conceito da marca japonesa que em breve deve rivalizar com o Toyota Prius.

Como há dez anos, não faltam novidades que interessam ao Brasil, caso do Citroën C3 Picasso, que será feito em Porto Real (RJ). Cheia de novidades, a General Motors mostra o Chevrolet Orlando. Outras atrações, como carros-conceito, são o Mini Crossover, o Mercedes-Benz Fascination e o Chevrolet Orlando. Levando-se em conta que esse é apenas o aperitivo, o salão promete!

Além da cobertura pontual, com lançamentos de veículos de série e carros-conceito (teremos redatores a postos no Brasil), nossa presença "in loco" em Paris nos permitirá oferecer ao internauta uma cobertura diferenciada, com reportagens especiais que começam a ser publicadas já na próxima semana.

Para que o internauta tenha uma idéia, do lado de fora do pavilhão haverá uma pista off-road em que visitantes poderão testar as últimas novidades em veículos 4x4, ao lado de pilotos profissionais. O salão terá ainda a exposição "Táxis do Mundo", com 40 veículos de 31 países, fabricados desde 1912.

Salão de Paris - foto Divulgação
Beetle mexicano de 76 (esq.) e Jeepney de 87, de Manila (Filipinas)

Para nos acompanhar, guarde esta página nos "Favoritos". Bastidores da cobertura e um diário em Paris podem ser conferidos no InterBlog (http://interpress.motor.blog.uol.com.br). O site já traz um depoimento deste repórter, que foi pela primeira vez à capital francesa há dez anos, para cobrir justamente a exposição. Todos os dias, um post dará dicas de lugares e/ou revelará uma característica ou lugar diferente sobre a cidade-luz.

Confira a seguir os automóveis que estão na mostra:

Carros de série

Audi A6 - foto Divulgação
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Audi RS6 - foto Divulgação
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BMW Série 7 - foto Divulgação
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Bugatti Veyron Grand Sport - foto Divulgação
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Chevrolet Cruze - foto Divulgação
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Citroën C3 Picasso - foto Divulgação
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Citroën C3 Pluriel Charleston - foto Divulgação
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Ford Ka - foto Divulgação
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Honda Legend - foto Divulgação
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Kia Soul - foto Divulgação
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mazda-mx5
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Mitsubishi Colt Ralliart - foto Divulgação
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Opel Insignia Sports Tourer - foto Divulgação
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Porsche 911 Targa - foto Divulgação
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Cayenne S Transsyberia - foto Divulgação
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Novo Renault Mégane - foto Divulgação
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Seat Exeo - foto Divulgação
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Seat Ibiza Ecomotive - foto Divulgação
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Seat Ibiza Cupra - foto Divulgação
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Skoda Octavia - foto Divulgação
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Suzuki Alto - foto Divulgação
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Toyota Avensis - foto Divulgação
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Volkswagen Golf - foto Divulgação
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Carros-conceito

Chevrolet Orlando - foto Divulgação
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Citroën GTbyCITROËN - foto Divulgação
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Citroën Hypnos - foto Divulgação
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Honda Insight - foto Divulgação
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Lada C-Cross - foto Divulgação
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Mazda Kiyora - foto Divulgação
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Mercedes-Benz Fascination - foto Divulgação
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Mini Crossover Concept - foto Divulgação
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Peugeot Prologue - foto Divulgação
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Peugeot RC - foto Divulgação
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Renault Ondelios 3
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